Crianças são as maiores vítimas de viroses respiratórias típicas do outuno-inverno
Pediatra ensina 11 regras para proteção contra as principais doenças desta época
"Não adianta bater, que eu não deixo você entrar". Esta é uma quadra de um antigo jingle de uma loja famosa a respeito do frio. Mas bem poderia ser o slogan de uma campanha de atenção às doenças respiratórias, muito comuns nas estações de outono e inverno.
O clima seco deste período aumenta a incidência de viroses, principalmente as respiratórias, além do aumento das dermatites e dermatoses. "Embora muitas pessoas relacionem problemas respiratórios apenas com o inverno, na verdade os transtornos começam bem antes, principalmente em virtude da diminuição da umidade relativa do ar", diz o médico Sylvio Renan Monteiro de Barros, membro da Sociedade Brasileira de Pediatria.
Embora o ser humano seja dotado de 'barreiras' naturais que impedem a entrada de viroses, algumas vezes o sistema imunológico não consegue conter o seu acesso, especialmente em crianças, cujo amadurecimento ainda está desenvolvimento. "Ainda que os brônquios sejam dotados de cílios, que arrastam para fora os microorganismos, em baixas temperaturas perdem eficiência, abrindo caminho para que as doenças se instalem. Além do sistema respiratório, outros inconvenientes bem comuns são a conjuntivite (olhos), dermatites e dermatoses (pele)", completa dr. Sylvio.
Como proteger as crianças de tais inconvenientes?
Os pais devem oferecer bastante água à criança para promover a hidratação de dentro para fora. Para prevenir o ressecamento das mucosas é indicado aplicar soro fisiológico nas narinas pelo menos quatro vezes ao dia.
Lavar e arejar roupas que ficam que ficam guardadas por muito tempo e que acumulam facilmente fungos e mofo, grandes responsáveis por crises de rinite, asma e bronquite, também são práticas importantes.
Por último, dr. Sylvio orienta evitar locais fechados e de muita aglomeração, assim como higienizar constantemente as mãos das crianças. Ele aproveita para citar uma conduta básica: a regra dos 11. Segundo ele, são 11 as causas da maioria das infecções respiratórias: os 10 dedos das mãos e a garganta. E enfatiza: ensine a criança a não levar as mãos aos olhos, boca ou narinas se não estiverem muito bem lavadas.
Sylvio Renan de Barros é médico, tendo iniciado o curso na Faculdade de Medicina de Botucatu e se formado em 1974 pela Faculdade de Medicina do ABC. Especializou-se em pediatria na Unifesp/EPM, obtendo em seguida o título pela Sociedade Brasileira de Pediatria. Fez especialização prática pela General Pediatric Service da University of California - Los Angeles (Ucla) e participa de diversos de simpósios do setor. Autou por quase 30 anos em Pronto Socorro Infantil. Atualmente se dedica a seu consultório e à literatura médica para leigos. Seu primeiro livro lançado chama-se "Seu bebê em perguntas e respostas - Do nascimento aos 12 meses".
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