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segunda-feira, 17 de maio de 2010

Novo Código de Ética Médica prioriza segurança do paciente

Instituições acreditadas oferecem condições adequadas de trabalho ao médico e segurança para o paciente

"Confiança para o médico, segurança para o paciente". Esta frase, extraída do site do Conselho Federal de Medicina, remete aos objetivos do novo Código de Ética Médica. Segurança para o paciente pode ser compreendida com a redução de atos não seguros dentro do sistema de assistência à saúde assim como a utilização de boas práticas para alcançar ótimos resultados para o paciente. Confiança para o médico significa trabalhar em um ambiente adequado às suas necessidades e, evidentemente, às do paciente.
Um dos capítulos do novo Código de Ética Médica versa sobre as condições de trabalho que o médico pode encontrar e afirma que o profissional pode recusar a exercer a medicina em locais inadequados. No capítulo 2, parágrafo 4, fica claro que "é direito do médico recusar-se a exercer sua profissão em instituição pública ou privada onde as condições de trabalho não sejam dignas ou possam prejudicar a própria saúde ou a do paciente (...)." Para o médico, talvez não seja difícil identificar uma instituição com condições de trabalho inadequadas. Mas e para o paciente? Como o usuário de serviços de saúde pode identificar se está em um ambiente realmente seguro?
O principal parâmetro utilizado pela população dos Estados Unidos, Canadá e de alguns países na Europa para a escolha de serviços de saúde é a acreditação. O termo ainda é pouco conhecido no Brasil, mas pode fazer diferença quando alguns riscos podem ser evitados.
Acreditação é a metodologia utilizada mundialmente que certifica a qualidade no atendimento e gestão de instituições de saúde. Comparativamente, o termo ISO é aplicado em determinados setores enquanto o termo acreditação é válido para a área da saúde. Duas das certificações utilizadas em instituições brasileiras são a ONA (Organização Nacional de Acreditação) e a Accreditation Canada. A ONA emprega padrões de desempenho voltados aos processos de cuidados ao paciente e à gestão de serviços. E o programa de certificação de qualidade internacional "Accreditation Canada" tem como foco principal programas de segurança do paciente associado à aplicação de boas práticas na assistência. As instituições de saúde integrantes do Accreditation Canada com certeza praticam com segurança esta diretriz, mesmo antes do novo Código de Ética Médica entrar em vigor.
"Em instituições acreditadas, o médico e sua equipe multiprofissional de saúde encontram condições adequadas de trabalho. O paciente deve utilizar as metodologias de acreditação como parâmetro para escolher um serviço médico-hospitalar", afirma Dr. Rubens J. Covello, CEO do Instituto Qualisa de Gestão (IQG). Em um dos hospitais acreditados pela ONA e pelo Accreditation Canada, por exemplo, o índice de infecção hospitalar em uma das UTIs passou de 7% para menos de 1% de janeiro de 2007 a outubro de 2009. Na mesma instituição, a pneumonia associada à ventilação mecânica passou de 9% para 2% no mesmo período, representando 154 dias a menos de internação no ano de 2008. "Números como estes fazem a diferença para paciente, profissional de saúde e fonte pagadora, seja ela pública ou privada", lembra o CEO do IQG.

Sobre o IQG
Instituição líder no setor de certificação e implementação de programas de gestão de qualidade do segmento saúde. Em 15 anos de atuação, o IQG está presente em 20 estados, atuando em 79% dos serviços acreditados pelo Sistema Brasileiro de Acreditação.

- 171 instituições acreditadas ONA
- 24 instituições integrantes do Accreditation Canada
- 374 avaliações em 2009
- 89% de crescimento em número de avaliações de 2007 a 2009
- 170 cursos de educação continuada

Roda de notícias estimula compromisso de estudantes com sustentabilidade

Atividade da Escola Internacional de Alphaville utiliza textos jornalísticos em abordagem interdisciplinar


A utilização em sala de aula de textos jornalísticos sobre ciência e tecnologia estimula a curiosidade intelectual de estudantes pré-adolescentes, incentiva o senso crítico e a construção de discurso e argumentação. Estes são alguns dos resultados observados pelos professores das turmas do Teens 5, 6 e 7 (quinta, sexta e sétima série do ensino fundamental) da Escola Internacional de Alphaville. Com a atividade “Roda de Notícias”, os professores buscam, ainda, uma abordagem interdisciplinar da temática da sustentabilidade, um valor que a escola tem buscado integrar em todas as suas áreas de atuação.

Alunos com idades entre 11 e 13 anos discutem em sala de aula as opções de utilização de biomassa como fonte de energia no Brasil, a viabilidade da reciclagem de materiais como isopor e a polêmica sobre o uso de células tronco em pesquisas médicas entre outros assuntos. Como suporte, utilizam uma seleção de matérias, artigos e reportagens sobre ciência e tecnologia publicadas em veículos brasileiros e internacionais. Após a leitura, cada aluno fica encarregado de apresentar um tema abordado nas matérias e promover o debate com os colegas.

Congregando as disciplinas de Português, Ciências e Cultura Internacional, a atividade é finalizada com uma redação sobre o tema proposto para que eles desenvolvam a compreensão do assunto e exercitem a capacidade de argumentar e defender pontos de vista. “A compreensão de textos sobre ciência amplia os horizontes intelectuais dos alunos e propõem discussões que envolvem desde a ética médica até as medidas que cada um pode tomar para adotar práticas mais sustentáveis em seu cotidiano”, afirma Luciana Lauretti, coordenadora pedagógica do Teens na Escola Internacional de Alphaville.

Mais sobre a Escola Internacional de Alphaville

Escola brasileira de educação internacional, a Escola Internacional de Alphaville tem dez anos de história. Criada por um grupo de educadores que queria oferecer a seus alunos um conhecimento diferenciado, ela foi construída na região de Alphaville (Barueri, São Paulo) para ser o que de fato é: uma das mais modernas do país. Atualmente, todos os alunos, desde o ingresso na escola (com três meses de idade) e até o Ensino Médio, convivem com o multiculturalismo e com a pluralidade do conhecimento. Aprendem a respeitar diferenças, as raças, as crenças, o meio ambiente e a sociedade. Ali, jovens de várias partes do mundo começam a vivenciar, desde cedo, as mudanças do mundo moderno.

Antes de entrarem na universidade, estes jovens já terão tido aulas de liderança, empreendedorismo, projeto de vida e um trabalho especial de coaching para alunos do ensino médio. A atividade de coaching, uma novidade em 2010, com sessões semanais em companhia de um professor orientador, aprimora os potenciais e identifica as áreas em que cada estudante necessita de maior reforço, preparando-os para a concretização de seus desejos pessoais e profissionais.

Regularmente, palestras exclusivas colocam alunos frente a frente com grandes personalidades do mundo dos negócios. Já passaram pela escola os presidentes da HSM, Microsoft, Korn/Ferry e Starbucks. A escola oferece ainda atividades extracurriculares como patinação artística, judô, natação e ginástica olímpica e mantêm atividades de sociabilização, como as aulas de traffic (trânsito) simuladas em uma minicidade montada na escola (The International Village). Já as aulas de Estudos do Meio dão oportunidade ao aluno de vivenciar os conteúdos das disciplinas através da interação direta com exposições artísticas e culturais e visitas a lugares históricos.

Desde o ensino fundamental, os alunos participam de mesas redondas, debates e seminários, que instigam o senso crítico e privilegiam a formação de líderes nas mais diversas áreas. A consciência social e ambiental é estimulada em atividades voluntárias como o projeto Janelas para o Futuro em que os estudantes do Ensino Médio dão aulas gratuitas de inglês, francês, espanhol, português, redação e informática para jovens de diferentes classes sócioeconômicas da região. A ação foi finalista do Prêmio Escola Voluntária – uma iniciativa da Rádio Bandeirantes e da Fundação Itaú Social –, tendo recebido menção honrosa por sua participação. Conhecedores da cultura de diversos países e com capacidade de se comunicar com fluência em vários idiomas – principalmente português, inglês e espanhol –, os alunos da Escola Internacional de Alphaville se preparam, ano a ano, para contribuírem para um mundo melhor.

MicroAmbiental fecha parceria com a Universidade de São Paulo

A MicroAmbiental acaba de fechar um acordo de cooperação tecnológica com a Universidade de São Paulo – Departamento de Engenharia de Minas e de Petróleo da Escola Politécnica – LAPOL (Laboratório focado em gestão integrada de sistemas georrefenciados). A parceria visa viabilizar a integração da Tecnologia Micro-ondas para beneficiamento de biomassa, em especial o lixo urbano, às grandes empresas do setor industrial, considerando os aspectos de eficiência energética, sustentabilidade, responsabilidade social e gestão de variáveis georreferenciadas.

Este modelo de cooperação acertado entre a MicroAmbiental e a USP já é bastante difundido em países com tradição em inovação, onde o investimento privado e a pesquisa aplicada das Universidades buscam desenvolver inovações que contribuam efetivamente para a sociedade.

No caso da MicroAmbiental e Lapol, o objetivo é transformar o conceito referente ao lixo, ou seja, não o mostrando como um resíduo, mas sim como uma fonte de energia para a sociedade. “Desta forma, conseguiremos gerar energia limpa e paralelamente oferecer uma solução sustentável para o lixo, com grande atratividade econômica”, explica Luciano Prozillo, Diretor da MicroAmbiental.

Segundo o Prof. Dr. Giorgio de Tomi, a parceria é importante por causa do processo de gestão de inovação baseado nas melhores práticas de mercado. “Este convênio com a MicroAmbiental nos estimula a buscar o desenvolvimento tecnológico e a efetiva aplicação das novas tecnologias no mercado. Se fosse mais comum no Brasil este tipo de parceria, onde empresa e Universidade se beneficiassem, com certeza, teríamos mais sucesso na superação dos desafios relativos ao baixo nível de inovação existente no País; que é uma das prioridades para que seja possível o nosso desenvolvimento econômico e social, de forma sustentável.”

Processo
Um “Reator de Micro-ondas” age nos resíduos, transfere energia eletromagnética para o material, eliminando agentes patogênicos e grande parte da umidade residual. Esse processo é rápido e seu resultado, uma biomassa sem cheiro e sem contaminação, é transferida para uma Unidade Termogeradora que produzirá energia elétrica para o sistema.

O balanço energético é positivo: o sistema consome internamente apenas 15% do conteúdo energético, sendo assim totalmente autossustentável. O produto deste beneficiamento pode ser aproveitado para a geração de energia elétrica ou transformado em material combustível para aproveitamento em outros processos.

As Unidades são moduladas a partir de 50 toneladas de processamento de lixo por dia, dependendo da demanda do município ou empresa.

Inscrição para o vestibulinho dos cursos técnicos nos CEUs começa hoje

Começa hoje o período de inscrição dos candidatos ao processo seletivo para o 2º semestre de 2010 dos cursos técnicos nos Centros Educacionais Unificados (CEUs). Os interessados devem preencher a Ficha de Inscrição Eletrônica e imprimir o boleto bancário para o pagamento da taxa de R$ 20 no site do Vestibulinho ETEC até as 15h do dia 21 de maio.
Para ingressar em um dos cursos, o estudante deve apresentar declaração de que está matriculado na 2ª ou 3ª série do Ensino Médio ou ter concluído o ciclo. Outros documentos também aceitos são a declaração de que está matriculado, a partir do 2º semestre, na EJA, dois certificados de aprovação em áreas de estudos da EJA ou boletim de aprovação do Exame Nacional para Certificação de Competências de Jovens e Adultos (Encceja), emitido e enviado pelo MEC, ou certificado de aprovação do Encceja em duas áreas de estudos avaliadas.
Mais informações sobre o Vestibulinho ETEC pelos telefones (11) 3471-4071 (Capital e Grande São Paulo) e 0800-772 2829 (demais localidades) e pelo site

Ensino técnico nos CEUs
Por meio do convênio entre a Prefeitura de São Paulo, o Centro Paula Souza e a Secretaria da Educação do Estado de São Paulo serão oferecidas mais de 1.400 vagas para o segundo semestre deste ano. Os interessados podem optar por cursos noturnos de Administração, Comércio, Contabilidade, Informática, Logística, Eventos, Marketing, Secretariado e Transações Imobiliárias. Todos são realizados pelo Centro Paula Souza e têm duração de um ano e meio. As aulas serão noturnas, ministradas por professores das Escolas Técnicas Estaduais (Etecs), administradas pelo Centro Paula Souza.
No segundo semestre, o número de CEUs com Ensino Técnico chegará a 23: Alto Alegre, Alvarenga, Azul da Cor do Mar, Butantã, Caminho do Mar, Cantos do Amanhecer, Capão Redondo, Inácio Monteiro, Jaçanã, Jaguaré, Jambeiro, Lajeado, Parelheiros, Parque Anhanguera, Parque Bristol, Parque São Carlos, Parque Veredas, Paz, Quinta do Sol, Sapopemba, Três Lagos, Vila Rubi e Vila do Sol.

Como ensinar a Língua Portuguesa aos disléxicos?

Antes de dar uma aula de língua portuguesa, é necessário pensar em todas as estratégias de aula possíveis para garantir que crianças com dificuldades, ou não, aprendam o conteúdo que está sendo proposto.

É com esta introdução que a terapeuta da Associação Brasileira de Dislexia - ABD - Valéria de Andrade Cozzolino iniciará a oficina - Intervenção/Oficina para Distúrbios de Aprendizagem e Dislexia no próximo dia 22 de maio na sede da ABD, em São Paulo, com foco na área da Língua Portuguesa.

Voltada aos profissionais nas áreas de pedagogia, psicopedagogia, fonoaudiologia e educadores do ensino fundamental e médio, a oficina dá subsídios ao professor para intervir no aprendizado de alunos com distúrbios de aprendizagem ou dislexia. "Depois que as estratégias são pensadas, são elaborados jogos que contemplem todos os conteúdos propostos", diz a especialista.

Com experiência em coordenação pedagógica de instituição privada, Valéria garante que o trabalho proposto pela oficina da ABD tem resultado surpreendente. "Vários testes já foram aplicados com crianças individualmente e em grupo. Dá muito certo e garante que todos aprendam", afirma a especialista. Inscrição e mais informações pelo tel. 11 32587568/ 32313296 ou pelo site http://www.dislexia.org.br/


Serviço:

Intervenção/Oficina para Distúrbios de Aprendizagem e Dislexia


Profissional: Valeria de Andrade Cozzolino, psicopedagoga e terapeuta da ABD
Data: 22 de maio de 2010 - Sábado das 9:00hs às 12:00hs.
Local: Auditório da ABD na Av. Angélica, 2318 - 7º andar
Bairro Higienópolis - São Paulo - SP



Os participantes receberão o Certificado de Participação, chancelado pela Associação Brasileira de Dislexia - ABD.

USP: A valorização do ensino de graduação

Por Ronaldo de Breyne Salvagni *

Já de alguns anos para cá vem ocorrendo forte valorização da produção de "papers" pelos docentes. Chegou-se ao ponto de se afirmar que a USP é uma "Universidade de Pesquisa" (seja lá o que isso queira significar, até por se tratar de uma contradição semântica). Isto pode ter alguns aspectos positivos, mas está provocando diversas distorções, uma das mais graves sendo a desvalorização do ensino de graduação. A graduação nunca foi uma atividade de grande "status" acadêmico - não confere prêmios Nobel nem gera visibilidade no noticiário -, mas a situação piorou muito nos últimos anos.

A Universidade

Uma Universidade pública é criada e mantida pela Sociedade, e a ela deve prestar contas e retribuir os recursos investidos. A alma da Universidade é o saber, o conhecimento, e seu objetivo principal é o retorno social em curto, médio e longo prazo, realizado através das suas atividades-fim, que são: (a) geração de conhecimento, (b) incorporação do conhecimento gerado fora dela, e (c) transmissão desse conhecimento para o meio social em que ela está inserida e que a mantém. Sem esse vínculo social, a Universidade perde a sua razão de ser.

As atividades-meio (algumas vezes equivocadamente definidas como atividades-fim) realizadas pela Universidade para atingir seus objetivos são o ensino, a pesquisa e a extensão. Se a USP é uma "Universidade de Pesquisa", ela também é uma "Universidade de Ensino" e uma "Universidade de Extensão". Seria um extraordinário empobrecimento restringir ou focar em apenas uma dessas atividades.

A avaliação dos docentes

De alguns anos para cá, a CERT - Comissão Especial de Regimes de Trabalho da USP, órgão centralizado na Reitoria e responsável pela avaliação do trabalho individual dos docentes, vem valorizando extraordinariamente a publicação de "papers". Docentes têm contratos recusados, ou têm seu regime de trabalho reduzido, se não atendem esse requisito da forma estabelecida por aquela Comissão. Não se tem notícia de docentes desligados ou rebaixados por ministrar poucas aulas ou por não participar de atividades de extensão (será que não existem esses casos?).

A CERT alega que apenas aplica os critérios definidos pelas respectivas Unidades ou Departamentos. Na prática, entretanto, esses critérios devem incluir a publicação de "papers", e isso é o que ela prioriza. Essa valorização extraordinária dos "papers" sinaliza ao corpo docente (em especial aos mais jovens) que isto é O QUE É IMPORTANTE, e as demais atividades são meros complementos. Note-se que, na verdade, o critério prioriza a publicação, e a pesquisa passa a ser apenas um meio de obter material para publicar. Este critério desequilibrado está deformando perigosamente o perfil da Universidade, afastando-a mais e mais das necessidades e desejos da Sociedade local, que a sustenta, fazendo-a perder seu rumo e se afastar do seu objetivo primeiro.


Independentemente do critério adotado, aparece aqui a questão de se ter uma Comissão, de cerca de uma dezena de membros, com o objetivo de avaliar periodicamente mais de cinco mil docentes, em todas as suas atividades de ensino, pesquisa e extensão, nas mais variadas áreas de conhecimento, e com o poder de impedir contratos e reduzir regimes de trabalho. Parece muito pouco provável que esse tipo de organização possa produzir uma avaliação completa, profunda e justa de cada docente. Por outro lado, a avaliação individual e a decisão sobre contratos e regimes de trabalho ocorrem à revelia das Unidades e Departamentos nos quais os respectivos docentes estão alocados. É paradoxal que, ao mesmo tempo em que os Departamentos e respectivas Unidades estão sendo avaliados e cobrados em seus desempenhos globais, as pessoas que realm ente desenvolvem os trabalhos sejam avaliadas e cobradas por outro órgão, externo ao Departamento, não comprometido com (e normalmente nem interessado, ou informado sobre) as metas e problemas maiores daqueles Departamentos e Unidades. Ou seja, o Departamento é cobrado, mas não é ele que tem poder de cobrar os executores das atividades.

O "tripé" Ensino, Pesquisa e Extensão

As atividades de ensino, pesquisa e extensão devem ser consideradas igualmente importantes, e desenvolvidas pela Universidade de forma harmônica e equilibrada, para se obter em sua plenitude o retorno social aos respectivos setores, que é o objetivo maior da Universidade. Assim, o conjunto das três atividades deve ser exigido e integrar qualquer critério da avaliação existente ou que venha a existir para a Universidade, suas Unidades e Departamentos, ou seja, deve ser uma exigência aplicável à instituição. Porém, é muito questionável estender essa exigência ao nível individual. Por que exigir de um indivíduo que ele faça algo que não gosta e não vai fazer bem? Será bom termos pesquisas pobres feitas só para atender as exigências dos órgãos centrais, ou a ulas mal preparadas dadas por obrigação? Por que não aproveitar de cada um o que sabe, gosta e quer fazer bem? Será que a eficiência e o desempenho de um Departamento ou Unidade não será maximizada ao se utilizar o que cada indivíduo tem de melhor?

Um dos mitos ou dogmas mais comuns (um tipo de mantra repetido por muitos sem nenhuma reflexão ou espírito crítico) é o da "indissociabilidade do ensino e pesquisa", de que não pode haver bom ensino sem pesquisa, entendido como a afirmação de que um bom professor tem que pesquisar. Nada mais falso, pois um bom professor pode e deve (e naturalmente o faz) acompanhar a evolução e as pesquisas na sua área de atuação, mas é totalmente desnecessário que seja ele o autor dessas pesquisas.

Além disso, quem tem melhores condições de saber o "mix" ideal das atividades de ensino, pesquisa e extensão que um determinado setor social precisa e deseja é o próprio Departamento correspondente. Assim, ninguém melhor que este para definir e avaliar o corpo docente adequado para atender essa demanda. A conclusão é que a exigência de conjunto de atividades simultâneas em ensino, pesquisa e extensão deve ser feita em nível institucional, mas não tem sentido exigir isso no nível individual.

Algumas providências

(1) Descentralização da Avaliação Docente: A avaliação individual centralizada dificilmente pode ser justa e adequada num contexto em que as Unidades e Departamentos também são avaliados, abrangendo enorme quantidade e variedade de ramos de conhecimento. A Universidade deve ser avaliada e cobrada pela Sociedade que a sustenta. Por sua vez, a Universidade deve avaliar e cobrar as Unidades. Estas Unidades avaliam e cobram os Departamentos e estes, por sua vez, é que devem avaliar e cobrar seu corpo docente e funcionários.

(2) Verbas versus Claros: Algumas formas de administração podem ser adequadas para o serviço público em geral, mas não o são necessariamente no contexto universitário. Dificilmente pode se considerar que a melhor forma de administrar o corpo docente é através da decisão centralizada da Reitoria sobre a quantidade, nível e regime de trabalho dos docentes de cada Departamento. Parece muito mais razoável que cada Unidade e Departamento tenha uma alocação de verba orçamentária para pessoal docente, e as decisões de quantidade, nível e regime fiquem a cargo de cada Departamento, de acordo com as suas necessidades, lembrando que haveria cobrança pelo seu desempenho e resultados.

(3) A Avaliação Individual: Não é razoável (nem eficiente) exigir-se o envolvimento de cada docente individual nos três tipos (ensino, pesquisa e extensão) de atividades institucionais. Uma sugestão razoável seria esperar-se atuação excelente em pelo menos uma delas e participação significativa em alguma das outras duas. Para valorizar a graduação, poder-se-ia exigir sempre alguma participação nessa atividade, não necessariamente dando aulas: organização de cursos, produção de material e livros didáticos, coordenação, etc.. A criação de remuneração adicional, proporcional à carga didática além da mínima requerida, seria uma forma extremamente eficaz de demonstrar a valorização dessa atividade pela Universidade.

(4) A Avaliação Institucional e os Setores Sociais: A avaliação institucional (Universidade, Unidade ou Departamento) deve ser feita sob a luz do objetivo maior da Universidade, em termos do retorno social. Desta forma, fica difícil conceber qualquer critério de avaliação adequado sem a participação efetiva dos correspondentes setores da Sociedade. A sempre citada "avaliação pelos pares", se exclusiva, tende perigosamente para o corporativismo. A participação de docentes estrangeiros em comissões de avaliação também fica muito questionável sob essa luz, indagando-se por que esses convidados externos teriam melhores condições de avaliar a interação da Universidade com o meio social local. Esse arranjo só faz algum sentido se o objetivo da Universidade for deturpado, passando a envolver algum tipo de competição internacional, disputando-se colocação em "rankings" estabelecidos em países estrangeiros, com critérios gerados por outros interesses.

* Ronaldo de Breyne Salvagni é professor titular do Departamento de Engenharia Mecânica Escola Politécnica da USP

Comédia discute traumas e preconceitos na Casa de Cultura do Butantã

A Casa de Cultura do Butantã promove no dia 18, às 20h, a leitura semi-encenada da comédia Você tem medo de quê? do dramaturgo Ênio Gonçalves. A peça faz parte do 3º Ciclo de Leituras Públicas de Textos Teatrais, que apresenta gratuitamente produções de autores renomados e novos talentos da dramaturgia em espaços públicos da região, como escolas e CEUs.
O texto acompanha a agonia de um casal de atores e seu diretor, trancados durante a noite no teatro em que ensaiam um espetáculo. Enquanto aguardam o retorno do porteiro, decidem realizar exercícios de improvisação a partir de trechos do texto, sob o pulso firme do diretor.
Autorizados a reinventar cenas e personagens, os atores estabelecem diálogos bem-humorados inspirados na stand up comedy e teatro do absurdo. Das situações inusitadas, surgem os questionamentos sobre angústias, traumas e preconceitos da vida cotidiana.
No fim da apresentação, o dramaturgo Ênio Gonçalves, autor de premiados textos para teatro e adaptações de obras literárias para a TV Cultura, divide o palco com os atores Carlos Baldim, Mara Faustino e Wagner Vaz para um bate-papo com a platéia.
A leitura será reapresentada dia 25, às 20h, na Escola Estadual Keizo Ishihara. Outras produções ainda estão na programação do 3º Ciclo de Leituras Públicas de Textos Teatrais, que conta com o apoio do Programa de Ação Cultural (Proac), da Secretaria Estadual de Cultura. Informações sobre a programação, que se estende até outubro, estão no site .

Serviço:
Você tem medo de quê?
Dia 18/5, às 20h - Casa de Cultura do Butantã. Rua Junta Mizumoto, 13. Jardim Peri-Peri. Telefone: 3742-6218.
Dia 25/5, às 20h - Escola Estadual Keizo Ishihara. Rua Mário Gessulo, 60. Jardim Previdência. Telefone: 3721-9374.
Grátis

Fábrica Verde realiza seu primeiro encontro de paisagismo

Nos próximos dias 20 e 21 de maio, ocorrerá o 1º Encontro de Paisagismo Fábrica Verde. O evento objetiva aprimorar o conhecimento básico dos beneficiários em paisagismo e oportunidades de trabalho no setor e terá como palestrantes paisagistas de renome nacional que ajudarão na troca de experiências.
O público alvo é os beneficiários do Fábrica Verde - Pinheiros, UNASP, os ex-participantes do Fábrica Verde USP - Leste e Butantã, assim como paisagistas da região e empresas de jardinagem. O encontro também servirá como uma fonte de intercâmbio entre os paisagistas presentes.
O Encontro é uma parceria do Projeto Fábrica Verde, Instituto Abril, Subprefeitura de Pinheiros, Cidade Escola Aprendiz, paisagistas da região de Pinheiros e empresas de produtos para jardinagem. Acontecerá das 8 às 13h nos dias 20 e 21 na Praça Victor Civita (rua Sumidouro, 580) Pinheiros. As inscrições vão até o dia 18 de maio e para se inscrever basta levar 1 kg de alimento não perecível que será doado ao Centro Jovem Vila Anglo, que atende 150 crianças na Lapa.

Kassab define a data para o início do projeto Nova Luz

Na primeira reunião com o consórcio que fará o projeto urbanístico da Nova Luz, ocorrida na manhã desta sexta-feira (14), na sede da Prefeitura de São Paulo, o prefeito Gilberto Kassab e o secretário municipal de Desenvolvimento Urbano, Miguel Bucalem, definiram com o grupo o dia 17/6/2010 como a data para o início dos trabalhos, e a região da Nova Luz, o local para as reuniões.
Aos representantes do consórcio, formado pela Concremat Engenharia, Companhia City, AECOM Technology Corporation e Fundação Getúlio Vargas, Kassab também sugeriu a adoção de um nome simbólico. "Um dos consórcios concorrentes chamava-se Nova Luz. Queria que o grupo vencedor, em nome da Prefeitura, pedisse autorização para usá-lo. Acho justo que esse consórcio seja reconhecido como o que fez o projeto da Nova Luz. Na próxima licitação, vão perguntar 'quem fez o projeto?'. Foi o consórcio Nova Luz, poderemos responder", explicou Kassab.
A licitação da Nova Luz apresentou um diferencial: ela avaliou a capacidade técnica dos licitantes, confrontada com as características do projeto a ser executado. Foram pontuados, por exemplo, a experiência da empresa postulante em intervenções do mesmo porte, a prática na elaboração de estudos de impacto ambiental e o currículo da equipe.
"Esse consórcio é composto por empresas e profissionais do mais alto nível. Eles são experimentados e têm história com a cidade e com grandes projetos do mundo. Isso nos dá muita confiança e muito entusiasmo", admitiu o prefeito, sem deixar de cobrar o grupo. "Nós não queremos um plano para colocar na prateleira. Queremos um projeto para ser executado", afirmou o prefeito.
Segundo Kassab, a próxima etapa, que escolherá a empresa que executará as obras, também já foi iniciada. "O secretário Miguel Bucalem está constituindo uma equipe técnica que vai preparar o modelo de licitação para as obras, com o objetivo de que a reurbanização comece em breve. Diante da expectativa e da ansiedade de toda a cidade em torno desse projeto, eu acredito que tudo será muito rápido."
O consórcio
O consórcio vencedor do projeto de revitalização da Nova Luz reúne as melhores competências.

A Concremat é uma das maiores empresas de engenharia do País e é reconhecida pela experiência em projetos de desenvolvimento urbano e infraestrutura no Brasil, como o Prosamim, a requalificação urbana dos Igarapés de Manaus, os gerenciamentos de obras no PAC Favelas no Rio e das interfaces da hidrelétrica de Jirau. A empresa oferece soluções integradas de engenharia com estudos, projetos, supervisão e fiscalização de obras, gerenciamento e integração de empreendimentos para os segmentos de transporte, petróleo e gás, edificações, indústria e mineração, energia, saneamento e recursos hídricos. Atualmente, a empresa atua nos principais. Com quase 60 anos de fundação, a história da Concremat está intimamente ligada ao Estado e a cidade de São Paulo, onde recentemente concluiu a supervisão das obras e o gerenciamento social do Rodoanel. A sua equipe é formada por cerca de cinco mil profissionais que atuam em todo o País através de suas 11 filiais, de Manaus a Porto Alegre.
A Cia City, perto de completar 100 anos de atuação, tem uma trajetória ligada ao próprio desenvolvimento urbano da cidade de São Paulo. Atua ininterruptamente há 98 anos em empreendimentos urbanísticos e imobiliários brasileiros, o que a torna mais antiga em operação em seu ramo no país. A maior parte de seus empreendimentos é na capital de São Paulo. Seus conceitos buscam o equilíbrio entre a cidade contemporânea e a qualidade de vida, harmonizando nos seus projetos as questões econômicas, sociais e ecológicas. A Cia. City construiu bairros inteiros, como o Jardim América, Alto de Pinheiros, Butantã, Pacaembu e Alto da Lapa, entre outros. Atualmente, desenvolve importantes projetos no Morumbi, Pirituba, e revitalização da Rua Larga (RJ), que se somam agora ao projeto de recuperação da Nova Luz.
A AECOM é uma companhia global fornecedora de serviços técnicos profissionais e gerenciamento de suporte de atividades como transportes, facilidades, ambiente e energia. Atua em 100 países, com mais de 45 mil funcionários. No Brasil desde 1998, conta com uma equipe de 130 colaboradores distribuídos pela sede no Rio de Janeiro e escritórios de São Paulo e Belo Horizonte. É a maior projetista mundial de engenharia em todo o mundo e líder em todos os principais setores nos quais atua. Entre seus projetos de revitalização urbana, está o London Olympic and Legacy Master Plans, que vai abrigar parte das instalações da Olimpíada de 2012, o centro de Manchester, após destruição por atentado terrorista em 1996, e a Mission Bay, em São Francisco (EUA). Também foi escolhida para supervisionar o programa de reconstrução e implantação da infraestrutura da Líbia.
A Fundação Getulio Vargas, criada em 1944, apresenta uma extensa folha de serviços prestados à comunidade técnico-científica-empresarial e à sociedade como um todo. A FGV Projetos é a unidade de extensão de ensino e pesquisa da FGV responsável pela aplicação do conhecimento acadêmico, gerado e acumulado em suas escolas e institutos. Com mais de 20 anos de experiência assessorando instituições brasileiras, a FGV reúne capacidade técnica e metodologia capazes de contribuir para a eficiência das práticas gerenciais e econômicas de organizações públicas e empresariais, no Brasil e no exterior.

Preste atenção na escrita do seu filho ou aluno!

Por Raquel Caruso*

A Disgrafia (dis=dificuldade e grafia=grafar/escrever) é um transtorno da escrita resultante de um distúrbio de integração visual-motora, que afeta a capacidade de escrever ou copiar letras, palavras e números. Trata-se de um transtorno funcional e apresenta-se em crianças com capacidade intelectual normal, sem transtornos neurológicos, sensoriais, motores e/ou afetivos que justifiquem tal dificuldade.

Apesar de alguns autores terem visões diferentes quanto ao termo disgrafia e disortografia, abordaremos a disgrafia como sendo um prejuízo que o indivíduo possui na execução do ato motor destinado à escrita e não das trocas, omissões, inversões e contaminações de letras/palavras, que seriam características da disortografia.
De modo geral, a escrita é uma linguagem visual expressiva, que faz uso de uma série de operações cognitivas, tais como percepção auditiva, visual, discriminação tátil, cinestésica. Ou seja, é um sistema visual simbólico, que converte pensamento, sentimento e idéias em símbolos gráficos, que envolve análise de todos estes subsistemas.

Para o desenvolvimento da escrita adequada, existem alguns pré-requisitos, como aspectos cognitivos, afetivo, motor e linguagem que são necessários observar: - Esquema corporal (planta do indivíduo) é a organização das sensações relativas ao seu próprio corpo em relação ao mundo exterior; - Lateralidade (dominância=força e precisão) conceito de direita e esquerda será mais fácil de ser interiorizado a medida que sua dominância for mais homogênea; - Estruturação espacial: o indivíduo deve ser capaz de situar-se e situar objetos uns em relação aos outros; - Orientação temporal: envolve a capacidade de situar-se em função da sucessão dos acontecimentos (antes, após, durante), duração dos intervalos, noções de tempo longo e curto (hora, minuto), ritmo regular, irregular (aceleração, freada); - Pré-escrita: domínio do gesto e da direção gráfica (da esquerda para direita).

Quando realizamos uma avaliação psicomotora, observamos algumas características que podem auxiliar no diagnóstico, e que diferenciam os subtipos de disgrafia: Pura (inconsciente): quadro disgráfico em crianças com conflitos emocionais importantes, que usam a escrita para chamar a atenção pela "letra defeituosa".

Conflito emocional importante:
. escrita instável, com proporções inadequadas;
. deficiente espaçamento e inclinações Mista: apresenta conflitos emocionais associados à déficits perceptivo-motor (tipo de disgrafia mais freqüente): - dificuldade na forma, tamanho da letra; - inclinação defeituosa (inicia uma frase no canto superior esquerdo e acaba no canto inferior direito); - deficiente espaçamento entre letras, margens; - ligamento defeituoso entre letras da palavra; - não direciona o giro da escrita; - pressão do lápis ou caneta na escrita ou falta desta; - rasuras; - transtorno de ritmo; - alteração de postura; - letra ininteligível - lentidão; - alteração dos fatores psicomotores; - impulsividade; - transtorno da atenção; - transtorno do esquema corporal; Reativas: devido a transtorno maturativo, pedagógico ou neurológico. Inicialmente não possuem componentes de alteração emocional.

Há ainda a Disgrafia caligráfica ou motora, que ocorre alteração na forma das letras e na qualidade da escrita em seus aspectos percepto-motores. Em crianças menores, podemos observar dificuldades motoras de ritmo. Porém, somente após a alfabetização pode ser feito o diagnóstico. Para tanto é fundamental uma avaliação com profissional especializado na área.

Os exercícios de pré-escrita e grafismo são necessários para aprendizagem das letras e números. Sua finalidade é fazer com que a criança atinja o domínio do gesto e do instrumento, a percepção e a compreensão da imagem a reproduzir. É importante que o indivíduo seja estimulado a realizar exercícios para o ombro, como movimentos de abrir e fechar com o brinquedo vai e vem e bolas; cotovelo (peteca), punho, mão e dedos.
Estes exercícios poderão ser feitos utilizando técnicas de percepção corporal, como por exemplo relaxamento, massagens, prancha de equilíbrio e com a utilização de alguns materiais (argila, massinha, tinta , jogos).

A seguir exercícios de grafismo para professores trabalharem em sala de aula:
. Gestos no plano vertical (utilizando lousa, papel, pincéis, giz de cera e canetas hidrocor) para aprender a segurar corretamente o lápis;
. Grandes desenhos que vão diminuindo a medida que a criança desenvolve habilidade de ombro, cotovelo e passa a adquirir destreza de punho e dedos;
. O trabalho deve ser realizado sempre da esquerda para a direita.

*Raquel Caruso é fonoaudióloga, psicopedagoga, psicomotricista e coordenadora da EDAC - Equipe de Diagnóstico e Atendimento Clínico, além de professora convidada da Associação Brasileira de Dislexia (ABD)

Centro de Educação Infantil cultiva horta para ensinar a criançada a comer bem

O Centro de Educação Infantil (CEI) Vereador Homero Domingues da Silva, localizado no Jardim Britania, Zona Oeste, faz do cultivo da horta uma ferramenta adicional no desenvolvimento de seu projeto de Educação Nutricional. Plantando e colhendo legumes e verduras, alunos com até três anos de idade aprendem desde cedo a importância da boa alimentação e como o meio ambiente pode ser fundamental nesse processo. Existentes também em outras unidades, são programas que cada escola desenvolve de acordo com seu projeto pedagógico.
Realizado no CEI do Jardim Britania há três anos, o trabalho com a horta desperta a curiosidade dos pequenos pelas coisas que ocorrem na natureza. Eles acompanham de perto o desenvolvimento das mudas e sementes que plantam e ficam sabendo da importância do sol, da água e do solo para o crescimento de itens, como alface e rabanete, que são servidos nas refeições do CEI.
Com todas essas informações que as crianças aprendem brincando, a horta se torna um incentivo ao consumo de hortaliças. "Quando os alunos percebem que o alimento que está no prato é o mesmo que eles colheram, se sentem mais estimulados a experimentar", diz a professora Valéria Oliveira, responsável pelo projeto de Educação Nutricional na unidade.
E o aprendizado não fica só dentro da escola. Os pais também participam ativamente do projeto. Em todas as reuniões, eles recebem uma nova receita que contém verduras, frutas e legumes. Dessa forma, o que é ensinado na escola é estendido para a família, fazendo com que esses alimentos também façam parte do cardápio da criança em casa.
O teatro é outra ferramenta que faz parte do processo de educação nutricional adotado pelo CEI. Professores da unidade encenam peças onde alimentos naturais são personagens constantes, incentivando, de forma lúdica, a criançada a ficar atenta à alimentação.