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quarta-feira, 19 de agosto de 2020

Protocolo do Sebrae orienta feirantes para operarem com segurança

Documento elaborado pela instituição está baseado em normas da OMS, OPAS, Anvisa e Ministério da Saúde


Em várias cidades do país, as atividades econômicas estão sendo retomadas, neste momento de superação da crise gerada pelo coronavírus. Diferentes segmentos estão tendo de se adaptar às novas regras implementadas pelas autoridades de saúde com o objetivo de evitar o contágio pela Covid-19. Um desses setores é o das feiras livres que, embora tenha permanecido em operação na maioria dos estados (por ser considerado uma atividade essencial), teve de se adequar aos novos tempos.

Pensando em orientar os donos de pequenos negócios para que possam retomar as atividades com mais segurança, o Sebrae preparou um conjunto de Protocolos que trazem orientações para os donos de micro e pequenas empresas. São documentos setoriais elaborados a partir das orientações das maiores autoridades nacionais e internacionais em saúde e com o apoio de entidades representativas desse segmento.

A primeira recomendação é para que os empreendedores estejam atentos às regras em vigor nas suas cidades. Com as dimensões territoriais do país e a diferentes realidades no enfrentamento à pandemia, as normas de funcionamento da economia podem variar bastante de uma cidade para outra.

Atenção ao espaço

O Protocolo de Retomada do Sebrae para as feiras livres, recomenda que os feirantes montem suas barracas em ambientes amplos, de preferência ao ar livre. Caso as feiras sejam realizadas em locais cobertos, é imprescindível tomar as medidas necessárias para que se mantenha um bom fluxo de ar. Os feirantes devem fazer uso constante de sanitizantes para mãos (álcool em gel, por exemplo) e colocar o produto à disposição dos clientes. Além disso, é importante diminuir a capacidade de público do estabelecimento, de modo que seja possível minimizar o contato e manter o distanciamento de, no mínimo, 1,5m entre pessoas nas filas e em torno das barracas.

É recomendado que as prefeituras e organizadores alternem os dias das feiras livres para evitar aglomerações. Outra orientação feita pelo protocolo do Sebrae é para que os feirantes e seus colaboradores vistam uniformes somente no local de trabalho e não compartilhem suas vestimentas entre si. Além disso, o acesso dos feirantes deve ser feito apenas pela parte de trás da barraca, evitando a circulação pelas laterais e frente. A ideia é sempre reduzir o contato.

É importante informar aos clientes que as barracas da feira são comprometidas com as boas práticas e com a segurança, para que eles se sintam seguros. Nesse sentido, é fundamental treinar permanentemente as equipes, para que todos possam falar sobre as medidas de segurança que estão sendo adotadas.

Confira as principais orientações do Protocolo do Sebrae

Orientações aos feirantes

Alterne os dias de realização da feira e faça um revezamento dos feirantes no local, para evitar uma concentração muito grande de público e funcionários.
Antes da montagem das barracas e bancas, higienize todos os balcões, balanças e demais utensílios com desinfetante tipo álcool 70% e papel descartável. A desinfecção também pode ser realizada com uma solução de água sanitária.
Evitar o anúncio verbal de produtos disponíveis para comercialização. Isso reduz o risco de contaminação dos produtos por gotículas de saliva.
As balanças, bancada, máquinas de cartão e utensílios, devem ser higienizados antes da comercialização dos alimentos, e sempre que possível durante o funcionamento da feira.
Fica proibido o corte e a exposição de produtos como frutas, hortaliças ou outros alimentos prontos para consumo.
Não ofereça degustação dos produtos aos clientes.
Recomenda-se disponibilizar um funcionário exclusivo para efetuar as cobranças e a manipulação de dinheiro.
Na hora de o cliente realizar o pagamento, proceda com alguns cuidados:
Cubra a maquininha com filme plástico, para facilitar a higienização após o uso.
Demarque no chão as posições da fila para pagamento, estabelecendo o mínimo de 1m entre as pessoas.
Coloque um frasco com álcool em gel no caixa para clientes



Orientação aos Clientes

Oriente o cliente que antes de entrar em casa, é importante lavar e higienizar as rodas dos carrinhos de feira e retirar os sapatos.
Oriente os consumidores a lavarem frutas, legumes e verduras em água corrente e solução de água sanitária (1 litro de água e 1 colher de sopa de água sanitária – em torno de 10 ml), ou produto similar para higienização de frutas e hortaliças, obedecendo as orientações do fabricante.

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domingo, 16 de agosto de 2020

Programa Combate ao Desperdício de Alimentos doa 97 toneladas para a população em situação de vulnerabilidade

No primeiro semestre de 2020, programa Combate ao Desperdício de Alimentos doa 97 toneladas para a população em situação de vulnerabilidade 


Iniciativa arrecada frutas, legumes e verduras nas feiras livres, mercados e sacolões da capital


O programa Combate ao Desperdício de Alimentos, iniciativa da Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Trabalho da Prefeitura de São Paulo, arrecadou 97 toneladas em frutas, legumes e verduras nas feiras livres, mercados e sacolões municipais vinculados ao projeto no primeiro semestre do ano. A coleta foi destinada ao Banco de Alimentos, que encaminha os insumos para a população em situação de vulnerabilidade.

“O programa Combate ao Desperdício de Alimentos é um dos grandes sucessos da atual gestão pública de São Paulo, e em tempos de pandemia global, é fundamental levar alimento fresco e de qualidade ao prato das famílias que passam por necessidade”, destaca a secretária de Desenvolvimento Econômico e Trabalho, Aline Cardoso.

Lançado em 2017, o programa Combate ao Desperdício de Alimentos é um dos principais projetos da Prefeitura de São Paulo, premiado internacionalmente por iniciativas sustentáveis como a ISWA – Associação Internacional de Resíduos Sólidos e o Pacto de Milão. O programa arrecada frutas, legumes e verduras que seriam descartados por feirantes e permissionários por não possuírem valor comercial. A coleta é encaminhada para o Banco de Alimentos, que doa os insumos para a população em situação de vulnerabilidade.

“Muitas vezes o feirante não consegue vender uma fruta ou legume por este apresentar uma pequena parte machucada ou levemente amassada. No entanto, o alimento, em geral, mantem todas as suas características de proteínas e vitaminas, desde que higienizado corretamente”, explica a coordenadora de Segurança Alimentar e Nutricional, Celia Alas

Para a execução da iniciativa, a Prefeitura por meio do programa Operação Trabalho contratou pessoas em situação de vulnerabilidade que buscam reinserção no mercado de trabalho, responsáveis pela sensibilização dos feirantes e permissionários, apresentando o programa e qual a finalidade do produto, além de serem responsáveis pela logística de coleta e transporte dos alimentos.

A bolsa-auxilio que o programa Operação Trabalho promove ao beneficiário possui valor de R$ 1.097,25 para 30 horas de trabalho semanais, divididas em 6h de segunda à sexta-feira. No momento atual, 19 feiras livres e seis mercados municipais contribuem com o programa.

Ao chegar ao Banco de Alimentos, os produtos passam por uma triagem de qualidade realizada por uma equipe de nutrição, que separa o que está próprio para o consumo dos itens estragados. Os itens aprovados são destinados para as entidades assistenciais cadastradas pelo programa, alimentando milhares de pessoas diariamente que passam por dificuldades financeiras.

“No Banco de Alimentos fazemos uma triagem de qualidade que garante que o item que chega à família atendida esteja com qualidade e próprio para o consumo, reduzindo os impactos econômicos da economia e também diminuindo o lixo orgânico na cidade, que diariamente produz mais de 20 mil toneladas em resíduos sólidos”, afirma Aline Cardoso.

Atualmente, o programa conta com 110 beneficiários, incluindo 20 mulheres do Tem Saída, programa que oferta oportunidades de emprego para mulheres vítimas de violência doméstica, que buscam independência financeira. Mesmo com a redução dos equipamentos de abastecimento durante a pandemia, todos os beneficiários – incluindo os que fazem parte do grupo de risco do coronavírus – receberam a bolsa-auxílio regularmente. 


quarta-feira, 12 de agosto de 2020

DIABETES E HIPERTENSÃO SE MANTÊM ELEVADOS NOS IDOSOS BRASILEIROS



O número de idosos com diabetes vem crescendo no Brasil. É o que mostram os dados mais recentes do Ministério da Saúde, que colhe as informações por meio da pesquisa Vigitel (Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônica). A prevalência da doença entre as pessoas com mais de 60 anos passou de 18,2% em 2006 — início da série — para 21,8% em 2019. Já em relação à hipertensão arterial, a ocorrência nesse grupo se manteve estável nos últimos 14 anos, mas em um patamar elevado: 55,4%.


Segundo a doutora Patrícia Brunck, endocrinologista, três fatores podem explicar o aumento da prevalência de diabetes entre os idosos: o sedentarismo, o excesso de peso e a má alimentação. “Eu atribuo isso, basicamente, ao aumento do sedentarismo e da obesidade — que anda de mãos dadas com a diabetes — e do consumo de alimentos industrializados, que têm maior índice glicêmico”, aponta.

Os dados da pesquisa Vigitel mostram que a doença tem crescido, principalmente, entre os homens com idade entre 60 e 64 anos. Em 2006, o percentual de diabéticos nessa faixa etária era de 12,6%. No ano passado, o índice chegou a 22,2%. Já entre as mulheres, os números estão estáveis desde o primeiro levantamento, com exceção para aquelas que têm mais de 75 anos, em que a prevalência da diabetes passou de 18,4% para 24% no período.

O levantamento feito nos 26 estados e no Distrito Federal indica que a região Nordeste tem três das cinco capitais do país com maior índice de idosos com a diabetes: Fortaleza, São Luís e Maceió. Na capital cearense, por exemplo, uma a cada quatro pessoas com mais de 60 anos têm a doença, ou seja, 25%. As outras duas capitais ficam no Centro-Oeste (Cuiabá) e no Sudeste (São Paulo).

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Hipertensão

Conhecida popularmente como pressão alta, a hipertensão arterial está ainda mais presente na vida dos idosos brasileiros. De acordo com o Ministério da Saúde, 55,4% deles tinham a doença no ano passado. Não houve mudanças significativas no quadro nos últimos catorze anos, já que em 2006, o percentual era de 55,8%.

Os destaques ficam por conta da tendência crescente que se observa entre os homens da faixa etária de 65 a 74 anos, em que a taxa passou de 53,5% para 55,9% e, nas mulheres de 60 a 64 anos, cuja prevalência da hipertensão caiu: de 57,5% para 50,9%.

No recorte entre as capitais que apresentaram os maiores índices de hipertensão arterial, duas estão no Nordeste. Maceió (59,8%) e Recife (58,5%). Palmas, Cuiabá e Belo Horizonte completam a lista das cidades com as piores prevalências. Os melhores resultados vêm da região Sul, onde Florianópolis e Curitiba têm índices inferiores a 50%, o que faz de ambas exceção no país.

Moradora de Ceilândia — cidade a cerca de 25 km de Brasília — a dona Gonçalina de Souza Moura está prestes a completar 60 anos e, infelizmente, tem diabetes e pressão alta. Ela conta que “a vida se transformou em um caos” desde que descobriu esses problemas de saúde e que toma vários remédios para controlar as doenças.

Em janeiro, ela sofreu um infarto, mas conseguiu se recuperar. De lá para cá, resolveu mudar alguns hábitos e, mesmo com a pandemia, arrumou uma forma de se manter ativa e praticar atividade física. “Estou cuidando direitinho da minha saúde depois que eu tive o infarto. Antes eu não cuidava, mas agora eu cuido. Mesmo na pandemia faço uma hora de caminhada, aqui ao redor da igreja, ao lado da minha casa”, conta.


Impactos da pandemia

A pandemia do novo coronavírus trouxe mais motivos para que o Brasil se preocupe com os números ascendentes de diabetes e a alta taxa de hipertensão entre os idosos. Afinal, as autoridades em saúde apontam que as doenças em indivíduos com mais de 60 anos os colocam em um maior risco de apresentarem gravidade ou óbito por Covid-19. É o que afirma Patrícia Brunck.

“A gente sabe que pacientes que são doentes crônicos aumentam o risco de ter a forma mais grave da Covid-19. Os diabéticos, por exemplo, são considerados imunossuprimidos. É um paciente que já tem dificuldade nas defesas imunológicas.”

De acordo com os dados consolidados mais recentes do Ministério da Saúde, 72% dos óbitos por Covid-19 no Brasil ocorreram na faixa-etária acima dos 60 anos. Boa parte deles, apresentava, ao menos um fator de risco ou comorbidade para a doença.

Uma pesquisa recente, conduzida por pesquisadores nacionais, incluindo a Universidade de São Paulo (USP) e internacionais, feita com 1700 brasileiros mostrou alguns dos impactos que a pandemia teve sobra a saúde dessas pessoas.

De acordo com o estudo, 95% dos respondentes passaram a ficar mais tempo em casa e diminuíram a atividade física. Com academia e parques fechados e a ênfase dada ao distanciamento social, nem todos conseguiram seguir o exemplo da dona Gonçalina. Ficaram mais sedentários, aponta a USP.

Uma opção para quem não tem como se exercitar de forma segura ao ar livre e longe de aglomerações é improvisar uma rotina em casa mesmo, indica Patrícia. “Os pacientes ficaram mais isolados dentro de casa. Talvez, o que poderia ser feito é o paciente fazer exercício pelos aplicativos, usando objetos ou o peso do próprio corpo, polichinelo”, exemplifica.

Um outro problema que preocupou os estudiosos foi que, do total de 64% dos entrevistados que obtêm os insumos para controlar o metabolismo junto ao SUS (Sistema Único de Saúde), apenas 21% receberam os medicamentos para 90 dias, o que é uma recomendação do Ministério da Saúde.

Além disso, dos 91% dos entrevistados que disseram monitorar a glicemia, a maioria (59%) notou alterações nos níveis de glicose.

Fonte: Brasil 61