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domingo, 9 de janeiro de 2011

Vantagens e desafios do pleno emprego

Por Eduardo Pocetti*
Desde o mês de dezembro passado ouvimos falar uma expressão completamente nova para a realidade brasileira: o pleno emprego. É que em novembro de 2010, o nível de desemprego medido pelo IBGE ficou em 5,7% da população economicamente ativa, o mais baixo já apurado na série histórica do atual indicador, iniciada em março de 2002. Esse patamar é considerado por especialistas equivalente à situação de pleno emprego em um país.
Trata-se de uma grande notícia para nós brasileiros, especialmente tendo em vista que o desemprego avançou fortemente em países desenvolvidos logo após a crise financeira de 2008/2009.
É interessante perceber que a condição de pleno emprego está muito bem definida em algumas localidades brasileiras, como é o caso da região metropolitana de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, onde o nível de desemprego ficou em apenas 3,7% no mês de novembro passado, por exemplo.
Pode-se questionar a referência “pleno emprego” quando ainda há um pequeno, mas persistente, percentual de desocupação. No entanto, nesse patamar, considera-se que a oferta de vagas está equilibrada ou é maior que a procura, e que muitos daqueles que se enquadram entre os desempregados estão nessa condição não por falta de oportunidades, mas por fazer questão de ganhar mais do que o salário que é oferecido pelo mercado.

O grande problema da situação de pleno emprego está relacionado justamente à dificuldade que as empresas e empregadores têm em encontrar trabalhadores devidamente capacitados para ocupar as vagas disponíveis. Mesmo havendo muitas vezes um aumento natural da remuneração média para os profissionais, alguns setores sofrem com a carência de mão de obra preparada para assumir suas funções.
Este é o dilema enfrentado atualmente pelo setor da construção civil, que registrou em 2010 um crescimento notável, que deve ficar em torno dos 11%, maior patamar em 24 anos. O segmento planeja manter-se aquecido agora em 2011, mas enfrenta dificuldades para contratar profissionais qualificados e completar seus quadros funcionais em velocidade equivalente e alinhada ao avanço das obras assumidas.
Percebemos que um dos grandes desafios que enfrentaremos nos próximos anos é o da qualificação profissional. Somos ainda um país de jovens, de mão de obra abundante, mas, infelizmente, pouco capacitada.
Formar profissionais qualificados nos mais variados níveis e setores de atuação será, portanto, uma necessidade que devemos enfrentar com muito empenho. Nosso futuro está de fato nas mãos de nossos trabalhadores, especialmente dos mais jovens. Estimular a qualificação e oferecer condições para a formação e a capacitação de pessoal são questões que precisam ser encaradas como objetivos essenciais para o país.
* Eduardo Pocetti é CEO da BDO no Brasil, firma-membro integrante da quinta maior rede do mundo em auditoria, tributos e advisory services.

O amor e outros estranhos rumores estréia no Tuca

Grupo 3 de Teatro monta principal escritor brasileiro dedicado exclusivamente ao gênero fantástico

Débora Falabella na Peça "O amor e outros estranhos"
Reestréia em 14 de janeiro, no Teatro TUCA com Débora Falabella, Rodolfo Vaz Maurício de Barros e Priscila Jorge, dirigidos por Yara de Novaes

Ao completar seus cinco anos de atividades na cena brasileira, o Grupo 3 de Teatro traz para o palco a originalidade, o humor e o fantástico que marcam a obra do escritor mineiro Murilo Rubião, autor dos três contos, adaptados por Silvia Gomez, que compõem o espetáculo O amor e outros estranhos rumores, dirigido por Yara de Novaes, estrelado por Débora Falabella, Maurício de Barros, Rodolfo Vaz (do Grupo Galpão, convidado especialmente para esse trabalho) e Priscila Jorge, a peça volta em 14 de janeiro, sexta, 21h30, no Teatro TUCA (Rua Monte Alegre, 1024 – Perdizes – tel.: 11. 2626-0938).

Mestre brasileiro do realismo fantástico, Murilo Rubião (1916-1991) teve três contos selecionados para essa encenação: O Contabilista Pedro Inácio, cujo personagem contabiliza os custos de um amor; Bárbara, em que um marido resignado se vê diante dos pedidos incessantes e nada comuns da esposa, que engorda a cada desejo satisfeito; e (Três nomes para) Godofredo, uma interpretação aguda sobre o casamento e a solidão. Risíveis e absurdas, essas histórias compõem um espetáculo que busca expressar o quanto há de ordinário e, ao mesmo tempo, extraordinário em nossas vidas.

A obra de Murilo Rubião permaneceu praticamente desconhecida para o grande público durante mais de três décadas. A reedição do seu livro de contos O Pirotécnico Zacarias, em 1974, o tiraria do esquecimento, transformando-o praticamente em um best-seller nacional, admirado pelos leitores e por intelectuais do porte de Mário de Andrade que, em 1943, escreveu “o mais estranho é o seu dom forte de impor o caso irreal. O mesmo dom de um Kafka: a gente não se preocupa mais, é preso pelo conto, vai lendo e aceitando o irreal como se fosse real, sem nenhuma reação mais”.
Na equipe de criação do espetáculo, André Cortez é o cenógrafo, Morris Picciotto compôs a trilha sonora, a iluminação é de Fabio Retti e Fábio Namatame assina figurinos e visagismo. A adaptação ficou a cargo de Silvia Gomez, autora de O Céu Cinco Minutos Antes da Tempestade. A direção de produção é de Gabriel Fontes Paiva.

Cinco anos do Grupo 3 de Teatro

Essa é a terceira montagem do Grupo 3 de Teatro que em setembro de 2005, estreava A Serpente, na Casa de Cultura Laura Alvim, em Ipanema. Formado por Débora Falabella, Gabriel Paiva e Yara de Novaes, mineiros radicados em São Paulo, que davam continuidade ao trabalho feito em Belo Horizonte, desde 1999. A Serpente está atualmente em turnê pelo Nordeste. O cenário dessa montagem foi agraciado com o prêmio Shell (2005) e foi um dos representes do Brasil Quadrienal de Praga (2007).
Além dos três fundadores, o Grupo possui uma equipe fixa de criadores que vem desenvolvendo um trabalho sistemático e contínuo cujo resultado é uma estética própria, inovadora e reconhecida. Em 2007, o Grupo produziu O Continente Negro, considerado um dos melhores espetáculos do ano: texto do chileno Marco Antonio de La Parra, dirigido por Aderbal-Freire Filho e estrelado por Débora, Yara e Ângelo Antônio. Em 2009, o grupo publicou a tradução do texto com fotos e criticas do espetáculo, na ocasião de estréia da temporada carioca.
Em 2008, apresentou no SESC Pompéia a Mostra Contemporânea de Arte Mineira que contemplou mais de 300 artistas em uma semana repleta de atrações entre teatro, música e ritos feitos em Minas.
Foi justamente durante a Mostra Contemporânea de Arte Mineira que o universo mágico, estranho e mineiro de Rubião, se tornou realidade e imprescindível para o Grupo 3. Com ele e através dele o Grupo decidiu avançar em uma linguagem particular, tendo a literatura como ponto de partida para o exercício teatral. Uma literatura de excelência e vocacionada para a cena. A leitura e o estudo dos 33 contos de Murilo Rubião seriam, então, propositores de uma pesquisa em que todos os elementos da cena entrariam em consórcio para a criação de uma nova obra.

Exposição Murilo Rubião


O Grupo 3 de Teatro que tradicionalmente amplia suas ações de pesquisa por meio de oficinas, work in progress e publicações, apresentará em forma de exposição o universo de Murilo Rubião. No saguão do Teatro TUCA, o publico aguardará o início do espetáculo participando de uma exposição interativa com expografia de André Cortez, que assinou as comentadas exposições no Museu da Língua Portuguesa: “Gilberto Freire interprete do Brasil” e “O Francês no Brasil em todos os sentidos”.

Murilo Rubião foi o primeiro escritor brasileiro que escolheu o gênero fantástico como caminho inequívoco de criação. Sua obra ficou por muito tempo descolada do grande público e, até hoje, apesar de muito estudada nos meios acadêmicos, tem menos leitores do que merece.
Assim como os leitores que aceitam o insólito com naturalidade, suas personagens também convivem com as circunstâncias absurdas sem grande atordoamento. O absurdo nada mais é que a própria existência condenando os homens a um cotidiano destruidor, onde o desejo não cessa, mas também nunca é satisfeito. A exemplo do mítico Sísifo, não há salvação e, pior do que no mito, não há esperança.
Apesar de lidar com temas muito inverossímeis, em que o tempo-espaço se inverte, as metamorfoses acontecem, o sonho invade a realidade, os animais se humanizam e os homens se coisificam, Rubião escreve com simplicidade e clareza, numa quase contradição entre o que é narrado e como é narrado. Sua obsessão pelo texto direto e claro levou-a a reescrever e reescrever suas histórias até o fim da vida.


Os contos e o espetáculo, pela diretora Yara de Novaes


Os três contos – Memórias do Contabilista Pedro Inácio; Os Três nomes de Godofredo e Bárbara – tem em comum a questão do amor.

No primeiro, o amor contabilizado como uma lista de Excel, o protagonista diz “Jandira me custou tantas cartelas de aspirina e tantas passagens de bonde, me saiu por tantos contos de reis”. Um homem que está sempre contabilizando seus ganhos e perdas no amor que nunca se realiza, que não satisfaz. No segundo, um homem meio Barba Azul, colecionador de esposas que vai matando, em busca de uma felicidade/um amor perdidos na memória. No terceiro, o amor de um marido pela esposa alienada num universo próprio e narcísico, insaciável, a esposa que não o vê senão como fonte de satisfação material.

De qualquer maneira, são três formas de amor sem sucesso, fadadas desde o início de cada conto ao fracasso e à infelicidade, temas próprios de Rubião.

Além desse link do amor também queríamos criar elementos de ligação, uma conexão entre esses personagens e por isso um prólogo e um elemento absurdo – alguém com cabeça de coelho – como personagem entre as cenas, como construtor e mediador da cena. Essa estranheza de um coelho, algo parecido com o que David Lynch fez no filme Império dos Sonhos, surgiu de um quarto conto de Rubião Teleco, o coelhinho. E ele sugere esse absurdo, o que não se pergunta e o que não se responde, tônica do autor que tentamos materializar.

A cenografia também se fez inspirada na lógica mágica que o autor desenvolve em seus contos. A repetição e a tendência ao infinito, quase como uma condenação sofrida pelas personagens foi o nosso motivo maior. Assim, junto como cenógrafo André Cortez e o iluminador Fabio Retti, escolhemos um espaço que se fecha e se abre progressivamente, e repetidamente, podendo se fechar novamente, num movimento circular, passando por uma simulação de um corredor encontrado nos caminhos que Murilo imprime na sua obra.

Conhecer um pouco mais da vida e das idéias de Murilo Rubião, através das entrevistas que lemos, nos fez ter a certeza de que várias de suas personagens são quase simulacros do próprio escritor. Isso nos deu uma pista muito interessante para a composição dos figurinos e da maquiagem: Pedro Inácio, Godofredo e o Marido de B. seriam feitos do mesmo barro, teriam a mesma linhagem do contista. Terno, bigode, óculos e certo ar dos anos 50. Mas precisávamos dar a eles uma camada mais alegórica. Foi assim que chegamos ao imaginário delirante das cidades retratado por George Grosz em seus quadros e aos retratos de Modigliani, com suas figuras humanas monótonas e rígidas, com uma “expressão de muda aceitação da vida”, nas palavras do próprio pintor. Fabio Namatame também cunhou as roupas femininas com o mesmo raciocínio de correspondência entre realidade e alegoria.
O universo muriliano, apesar da precisão e clareza do texto, é essencialmente imagético. Entretanto, essa figuração, como nas artes plásticas, é desprovida de compromisso com a realidade que vemos. Inicialmente, o músico e parceiro Morris Picciotto sugeriu que tudo ocorresse em silêncio, só com as falas. Porém, na cena, a música e a intervenção sonora revelaram-se essenciais na criação de parte dessas "imagens visuais", apoiando a elaboração do universo fantástico. Stravinsky, Varese, Sex Pistols com sua iconoclastia, os sons da natureza e do nosso cotidiano serviram de referência e a sonoridade acabou ganhando status de personagem.

A composição das personagens foi um trabalho de grande detalhamento. Os atores vão da narração ao dramático sem nenhum apoio ou degrau. O discurso direto e o indireto compõem a natureza das falas das personagens criando níveis diferentes de significação, mas convivendo naturalmente. Isso exige um raciocínio que abandone a lógica naturalista e os psicologismos próprios dela. A metamorfose se dá no discurso, no corpo, na relação com os objetos, com todas as circunstâncias que ajudam a compor o universo onírico. O ator precisa ter inteligência cênica para saber que sua personagem está em todas as coisas que existem no palco. Débora Falabella, Mauricio de Barros, Priscila Jorge e Rodolfo Vaz fazem isso com grande talento e, parafraseando Mario de Andrade, têm o dom forte de impor o caso irreal.


SERVIÇO
Reestréia: 14 de janeiro de 2011, sexta, 21h30
Local: Teatro TUCA (Rua Monte Alegre, 1024 – Perdizes – tel.: (11.2626-0938)
Horários: sextas e sábados, às 21h30 - domingos, às 19h
Temporada: até 6 de fevereiro de 2011
Gênero: realismo fantástico
Duração: 70 minutos
Classificação etária: 12 anos
Lotação: 672 lugares
Preços: R$ 30,00 e R$ 15,00 (meia)
Bilheteria do TUCA: de terça a domingo, das 15h às 20h. Aceita somente dinheiro, cheque e cartões de débito Visa, Mastercard e Redeshop
Ingressos pela internet e telefone: www.compreingressos.com ou 11.2626-0938

Horário de funcionamento do call center: todos os dias das 9h às 21h. Aceita todos os cartões de crédito.
Acesso para portadores de necessidades especiais - Ar Condicionado - Café
Estacionamento conveniado a R$10,00 com apresentação do ingresso: Rit - Rua Monte Alegre, 835. Serviço de valet no sábado e domingo no TUCA. Valor R$ 15,00
Patrocínio: Eletrobrás

* Luiza Goulart

Mmartan invade o seu verão

Verão, férias, sol, praia, mar e piscina. Capriche na produção de suas toalhas para fazer bonito nesta temporada

Seja nas areias da praia, no deck de um navio ou sob o sol à beira da piscina é sempre importante ter uma boa e bonita toalha para se deitar. Nesta temporada de verão a mmartan tem quatro opções de toalhas de praia/piscina que deixam todos curtirem as férias ou finais de semana em grande estilo.

Macias e com as cores da moda e estampas que fazem alusão a estação mais quente do ano, as toalhas de praia/piscina da mmartan são ideais para os banhos de sol.

Com tamanho de 0,86 x 1,63 cm as toalhas contam com um acabamento aveludado de um lado e com felpudo do outro. Assim, do lado aveludado, os consumidores podem tomar seu banho de sol sem machucar a pele e se secar com o lado felpudo da toalha.

As quatro versões de estampas das toalhas de praia e piscina da mmartan combinam com todos os estilos: com pranchas de surfe para os mais descolados, listras para os mais conservadores, varal para as moderninhas e borboletas para as mais românticas.

Todas as 141 lojas da rede mmartan já estão com a coleção de toalhas de praia e piscina por R$ 59,00 cada. Confira a mmartan mais próxima pelo site – www.mmartan.com.br. A mmartan aceita todos os cartões. http://www.mmartan.com.br/

NIKE RECICLADO

A Nike Sportswear acaba de lançar o “Women’s Premium Print Pack”, composto por três tênis femininos da marca: Nike Flash Macro Premium, Nike Blazer Mid Premium e Nike Air Rift Premium.

Os tênis foram todos confeccionados com tiras de papel reciclado de revistas. As páginas recortadas recebem um tratamento especial que garante resistência e durabilidade igual a de qualquer outro tênis da marca. Além de serem produzidos em baixa escala, são peças exclusivas devido à variedade de publicações utilizadas para compor o cabedal reciclado.

Por enquanto, somente as lojas européias e chinesas receberão agora em janeiro essa série limitada – que é vendida separadamente. Ainda não há previsão de lançamento para o mercado brasileiro.



Aulas gratuitas de Tai Chi Chuan

A partir do dia 12 de janeiro o Hospital Samaritano de São Paulo oferecerá gratuitamente para a comunidade aulas de Tai Chi Chuan, todas as quartas e sextas-feiras, das 9h às 10h, na Praça Irmãos Karman, localizada no Sumaré, na zona Oeste da capital paulista.
Com uma área de 1,913 mil m², a praça passou por diversas melhorias, tendo um investimento de aproximadamente R$ 220 mil por parte do Samaritano, que manterá o local por três anos, em uma parceria com a Secretaria de Coordenação das Subprefeituras, por intermédio da Subprefeitura Lapa.

A entrega da revitalização aconteceu em setembro e desde esse período a comunidade já conta com aulas de alongamento todas as terças e quintas-feiras, das 9h às 10h, oferecidas gratuitamente pelo Samaritano.

Para participar das aulas não é necessário inscrição. Os interessados devem comparecer ao local no dia e horário das aulas e contatar o professor que estará devidamente uniformizado com camiseta do Hospital Samaritano.

Sobre a Praça Irmãos Karman

O projeto de revitalização da Praça Irmãos Karman contemplou três espaços principais: área de lazer para as crianças, área jardinada e área esportiva, esta composta por equipamentos de ginástica de baixo impacto, implementados pela Prefeitura de São Paulo em outros espaços públicos.

As ações práticas do projeto de revitalização começaram em julho. A praça conta com novo paisagismo, calçadas renovadas e piso permeável, além de rampas, vias de circulação e outros diferenciais que respeitam a norma brasileira de acessibilidade ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) NBR 9050 (Acessibilidade a edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos).

Em 2006, a instituição também realizou um acordo com a prefeitura e investiu na reurbanização da Praça Esther Mesquita, de Higienópolis, que passou a ser freqüentada por grande parte dos moradores do bairro. O local foi transformado em um espaço público de lazer, promoção de saúde e de qualidade de vida, por meio de atividades artísticas e musicais, aulas de alongamento e Tai Chi Chuan. Em virtude deste trabalho que o Hospital recebeu a solicitação da Prefeitura para estender o mesmo projeto para a Irmãos Karman.