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domingo, 12 de dezembro de 2010

Governo de São Paulo reabre Museu Casa Guilherme de Almeida


Museu Casa Guilherme de Almeida foi reaberto ao público neste sábado, 11 de dezembro - Foto: Gilberto Marques

O Governo do Estado de São Paulo reabriu neste sábado, 11 de dezembro, as portas da Casa Guilherme de Almeida para a visitação pública e atividades voltadas à literatura. Inaugurado em 1979, o museu estava fechado desde setembro de 2006 para reestruturação e obras de adequação que custaram cerca de R$ 625 mil, realizadas pela Secretaria da Cultura. O governador Alberto Goldman compareceu ao evento, acompanhado dos secretários da Cultura, Andrea Matarazzo e da Casa Civil, Luiz Antônio Marrey.

Governador Alberto Goldman ressalta a importância
 da reabertura da Casa Guilherme de Almeida
Fotos: Gilberto Marques
O governador Alberto Goldman destacou a importância da recuperação da Casa Guilherme de Almeida. “Com esse museu, a gente recupera a história do Estado, que é uma história bonita e de luta – o próprio Guilherme de Almeida participou da Revolução de 1932. Esse museu nos propicia aprender de onde a nossa história veio e entender porque São Paulo é como é hoje”.

O novo projeto arquitetônico e museográfico redefiniu a identidade visual do museu e o entorno da casa, oferecendo maior destaque ao acervo, em diálogo com a arquitetura da Casa. “Ao devolver a Casa do poeta Guilherme de Almeida aos paulistas, o Governo de São Paulo reforça a importância da preservação da nossa história”, afirma o Secretário da Cultura, Andrea Matarazzo. “Os livros e documentos estão catalogados e disponíveis para pesquisadores, e o belo acervo de arte pode ser apreciado pelo público que desejar saber mais sobre esse importante autor modernista”.

A Casa Guilherme de Almeida também foi equipada para atender pessoas com deficiência e mobilidade reduzida. Um elevador foi instalado nos fundos do imóvel, para que as pessoas com necessidades especiais possam acessar o pavimento superior do museu.

Considerada o primeiro museu-casa biográfico e literário da cidade de São Paulo, a Casa funciona na antiga residência do poeta, tradutor, jornalista, crítico e advogado paulista Guilherme de Almeida (1890-1969). Durante o período em que esteve fechada à visitação, as atividades culturais não pararam – boa parte foi transferida para a Casa das Rosas, na Avenida Paulista. Foi realizada nova e completa catalogação do acervo, inclusive da biblioteca (cuja relação de títulos poderá ser consultada pela internet), e foram executadas ações de restauro de obras e objetos.

A Casa agora reabre com dupla identidade e função: além de ser Museu Biográfico e Literário, o museu possui também um Centro de Estudos de Tradução Literária, em sintonia com uma das principais atividades de Guilherme de Almeida, cujas traduções são consideradas modelares pela crítica. O Centro de Estudos tem realizado atividades desde março de 2009, na Casa das Rosas e no Museu da Língua Portuguesa.

Casa da Colina

O sobrado da rua Macapá, no Pacaembu, foi projetado pelo arquiteto Sílvio Jaguaribe Ekman em 1944. Lá, Guilherme de Almeida residiu de 1946 até sua morte, ao lado de sua esposa, Baby. Lar, refúgio intelectual e ponto de encontro da inteligência artístico-literária paulistana, o imóvel era chamado pelo poeta de “Casa da Colina”.

O museu abriga raridades, como os livros, quadros e objetos que o poeta e sua esposa colecionaram durante sua vida. Merece destaque o conjunto de telas assinadas por pintores como Anita Malfatti, Di Cavalcanti, Lasar Segall, Gomide, Tarsila do Amaral e Samson Flexor.

Entre as esculturas que integram o acervo do museu, vale destacar a peça em bronze criada por Brecheret intitulada Sóror Dolorosa (mesmo nome de um poema de Guilherme) –, exposta durante a Semana de Arte Moderna de 1922 – e uma interessante cabeça de Baby executada pelo escultor suíço William Zadig, além de um busto do poeta esculpido por Joaquim Figueiras. Litografias de Rugendas, desenhos, aquarelas e iluminuras, de diversos artistas brasileiros, compõem os ambientes.

Entre os objetos decorativos destaca-se a prataria, com peças de origem brasileira, portuguesa, holandesa e inglesa. Há um bule de prata com incrustação de cristal de rocha lapidado e lavrado, que teria integrado os pertences de viagem do Conde Maurício de Nassau, no século XVII.

Outras preciosidades são os documentos e os cerca de 5.500 livros do poeta, incluindo-se o conjunto de obras publicadas por ele, em sua primeira edição. Entre os livros raros encontra-se um volume em pergaminho, do século XVII, e um exemplar da quinta reimpressão da primeira edição de Ulysses, de James Joyce, além de primeiras edições com dedicatória de livros de nossos maiores escritores como Oswald de Andrade, Mário de Andrade e Guimarães Rosa.

Casa Guilherme de Almeida

Rua Macapá, 187, Pacaembu.

(11) 3673-1883 / 3672-1391.

De terça a domingo, das 10h às 17h. (Visitas espontâneas: quartas, sextas, sábados e domingos; visitas agendadas: terças e quintas).

As visitas são realizadas com grupos de 4 pessoas, devido ao fato de o espaço de circulação interno ser exíguo.

Atende a escolas, mediante agendamento.

Entrada franca.

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