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sexta-feira, 20 de janeiro de 2017

Maggi cobra de outros países legislação mais ampla sobre preservação ambiental

Para ministro, esforços dos produtores brasileiros por agricultura sustentável deve ser reconhecido pelo mercado global

Em encontros bilaterais na Alemanha, o ministro Blairo Maggi (Agricultura, Pecuária e Abastecimento) cobrou que os países tenham uma legislação mais ampla, como a brasileira, sobre o uso dos recursos naturais. Para Maggi, é preciso que o mundo reconheça os esforços dos produtores do Brasil para garantir uma produção sustentável. “Eu mesmo também sou produtor sustentável e sigo as normas ambientais.”

Maggi participou, nesta sexta-feira (20), de quatro reuniões bilaterais em Berlim, nas quais defendeu interesses comerciais brasileiros. As tratativas fazem partem da estratégia de aumentar a participação do país de 6,9% para 10%, em cinco anos, no comércio agrícola mundial.

Ao vice-ministro do Meio Ambiente da Alemanha, Jochen Flasbarth, Maggi disse que “muito diferentemente do que é comentado fora do Brasil, a agricultura do país tem avançado muito nos últimos anos respeitando o meio ambiente”. Citou programas do ministério, como o ABC, voltado à produção de baixo carbono, que compreende, entre outras ações, a integração lavoura-pecuária-floresta e plantio direto na palha, experiência utilizada inclusive nas plantações de soja e milho.

“Temos corredores ecológicos interligando propriedades rurais, que preservam a biodiversidade vegetal e animal”, relatou. Os corredores ecológicos ou de biodiversidade unem fragmentos florestais ou mesmo de unidades de conservação que foram separados por interferência humana, como as estradas, a agricultura, a atividade madeireira.

O ministro também destacou que 41% da energia produzida no Brasil é renovável, enquanto a média mundial é de 13,5%. “Nossos esforços precisam ser reconhecidos pelos mercados importadores.” O governo brasileiro espera que esse reconhecimento se traduza em preferência de seus produtos agrícolas nas decisões de compra no exterior.

Blairo disse entender que a agricultura verde deve ser seguida por todos os países produtores, a fim de não penalizar quem produz de maneira sustentável. Lembrou que a legislação brasileira exige, por exemplo, a preservação de margens de rios, que representam de 20% a até 80% de determinadas propriedades rurais. “Os outros países devem ter leis também mais amplas sobre o uso dos recursos naturais”.

O vice-ministro do Meio Ambiente alemão declarou ao ministro que seu país pretende “ter uma colaboração bem intensa com o Brasil”. Maggi o convidou para uma visita e disse que faria questão de acompanhá-lo por uma viagem ao interior do país.

Codex Alimentarius

Ao diretor-geral do Ministério da Agricultura da Nova Zelândia, Martyn Dunne, Maggi salientou que são duas nações amigas com possibilidades de ampliar mercado. O presidente da Embrapa, Maurício Lopes, que integra a equipe do ministro na viagem, observou que a empresa poderia ser uma grande parceira da Nova Zelândia. “Temos coisas complementares e podemos fazer cooperação científica”, assinalou Lopes.

Blairo ficou de visitar o país e pediu apoio à candidatura do coordenador de Assuntos Multilaterais do Departamento de Negociações Não Tarifárias da Secretaria de Relações Internacionais do Agronegócio do Mapa, Guilherme Antonio da Costa Junior, à presidência da Comissão do Codex Alimentarius.

A eleição ocorrerá durante a 40ª Reunião da Comissão do Codex Alimentarius, prevista para o período de 3 a 7 de julho deste ano, em Genebra (Suíça). O Codex é formado por 187 países e é referência internacional para a solução de disputas sobre inocuidade alimentar e proteção da saúde do consumidor.

Ao ministro da Agricultura da Lituânia, Bronius Markauskas, Maggi pediu apoio na habilitação de frigoríficos de Rondônia, Tocantins e Distrito Federal junto à União Uuropeia para exportação de carne bovina.

Blairo, que terá reunião neste domingo (22) com os ministros da Agricultura do G-20, em Berlim, viajou acompanhado, além do presidente da Embrapa, do secretário de Relações Internacionais do Agronegócio do Mapa, Odilson Silva, e do assessor para Meio Ambiente, João Campari.

Em reunião com o ministro da Agricultura e Pecuária do Paraguai, Juan Carlos, Maggi reforçou o interesse em ampliar a cooperação na área de tecnologia e solicitou a revogação de uma medida do país sobre bebidas, que prejudica o reconhecimento da denominação da cachaça como bebida genuinamente brasileira.

quarta-feira, 11 de janeiro de 2017

Bossa Nova Investimentos procura startups para ampliar portfólio no Brasil

Após anunciar início das operações nos Estados Unidos, empresa de Pierre Schurmann e João Kepler mostra interesse em continuar expandindo investimentos no Brasil em novas startups

São Paulo, janeiro de 2017 – A Bossa Nova Investimentos, empresa de investimento semente liderada pelos empresários Pierre Schurmann e João Kepler, e que em 2016 realizou mais de 40 investimentos diretos em startups no Brasil e nos Estados Unidos, começa o ano abrindo oportunidades para novos negócios em busca de capital e mentoria em 2017.

“Focamos em quatro áreas de atuação para impulsionar os negócios de nossas startups. Acreditamos que a visão e a experiência são mais valiosos que o próprio capital e buscamos empreendedores que possuem esta mesma linha de pensamento”, assinala João Kepler, Lead Partner da BossaNova.

“Trabalhamos com o conceito de pré-seed porque acreditamos que este é o recurso necessário para que as startups se desenvolvam de forma estratégica e consciente no mercado. Além disso, acreditamos também que desta forma nos posicionaremos como uma intermediária entre os anjos até as Venture Capital”, acrescenta.

Para ter seu projeto avaliado pelo conselho consultivo da Bossa Nova basta ficar atento aos requisitos abaixo e cadastrar seu projeto no link: https://www.f6s.com/bossanova/apply.

· Ser B2B;
· Escalável;
· Capaz de resolver algum problema específico;
· Validado no mercado e funcionando;
· Que esteja faturando.

segunda-feira, 9 de janeiro de 2017

Ministério da Saúde habilita novos serviços ambulatoriais para processo transexualizador

Os novos serviços serão disponibilizados em São Paulo, Curitiba, Rio de Janeiro e Uberlândia (MG). No SUS, são realizados procedimentos ambulatoriais e cirurgias de mudança de sexo.


O Ministério da Saúde habilitou quatro novos serviços para procedimentos ambulatoriais de processo transexualizador. Os nove centros funcionarão no Hospital das Clínicas de Uberlândia (MG); Instituto Estadual de Diabetes e Endocrinologia do Rio de Janeiro; Centro de Referência e Treinamento DST/AIDS de São Paulo e o CRE Metropolitano, de Curitiba. Com a inclusão dos quatro novos serviços, serão, ao todo, nove centros habilitados para oferecer estes procedimentos, que incluem terapia hormonal e acompanhamento dos usuários em consultas e no pré e pós-operatório. Dos nove centros, cinco oferecem cirurgia de mudança de sexo, chamada de redesignação sexual.

O Brasil está na vanguarda da garantia de direitos e reconhecimento de gênero, assegurando a cobertura integral e gratuita de saúde para essas pessoas. Desde 2008, o SUS oferece cirurgias e procedimentos ambulatoriais para pacientes que precisam fazer a redesignação sexual (mudança de sexo, tanto de homem para mulher quanto de mulher para homem). Entre 2008 e 2016, ao todo, foram realizados 349 procedimentos hospitalares e 13.863 procedimentos ambulatoriais relacionados ao processo transexualizador.

No SUS é disponibilizado um conjunto de procedimentos que compõe a mudança de sexo. São eles: cirurgias de redesignação sexual; de mastectomia (retirada de mama); plástica mamária reconstrutiva (incluindo próteses de silicone) e; cirurgia de tireoplastia (troca da voz). Além disso, no campo ambulatorial, há terapia hormonal e acompanhamento dos usuários em consultas e no pré e pós-operatório.

Outro importante avanço no SUS ocorreu, em 2013, quando o Ministério da Saúde também garantiu que o nome social de travestis e transexuais fosse incluído no Cartão SUS, reconhecendo a legitimidade da identidade desses grupos e promovendo maior acesso à rede pública. Desde 2015, a ficha de notificação de casos de violência, preenchidas em unidades de saúde, consta a orientação sexual e a identidade de gênero.

O Ministério da Saúde financia os procedimentos necessários para o processo transexualizador, mas a implantação é feita a partir do credenciamento de novos serviços, bem como a ampliação do número de cirurgias e acompanhamentos ambulatoriais, são de competência dos gestores locais. Também compete aos gestores locais, regular os serviços e o acesso da população aos procedimentos de mudança de sexo, de acordo com as demandas e necessidades identificadas regionalmente, o que inclui as listas de espera.

A transexualização é um processo complexo de saúde, por isso, antes das cirurgias, há uma avaliação e acompanhamento ambulatorial com equipe multiprofissional, com assistência integral no processo transexualizador. Como o processo é irreversível, é necessário acompanhamento psicológico por, pelo menos, dois anos, para que o paciente tenha segurança e certeza de suas vontades. Para ambos os gêneros, a idade mínima para procedimentos ambulatoriais é de 18 anos. Esses procedimentos incluem acompanhamento multiprofissional e hormonioterapia. Para procedimentos cirúrgicos, a idade mínima é de 21 anos. Após a cirurgia, deve ser realizado um ano de acompanhamento pós-cirúrgico. Depois disso, o cuidado em saúde deve ser prestado pelos serviços da rede de saúde, conforme a necessidade do usuário.

Hoje, cinco serviços oferecem procedimentos ambulatoriais e procedimentos hospitalares de mudança de sexo. São eles: Hospital de Clínicas de Porto Alegre, que pertence à Universidade Federal do Rio Grande do Sul; Hospital Universitário Pedro Ernesto, da Universidade Estadual do Rio de Janeiro; Hospital de Clínicas da Faculdade de Medicina da USP; Hospital das Clínicas de Goiânia, da Universidade Federal de Goiás; Hospital das Clínicas, da Universidade Federal de Pernambuco. Os novos centros habilitados (Hospital das Clínicas de Uberlândia; o Instituto Estadual de Diabetes e Endocrinologia do Rio de Janeiro, o Centro de Referência e Treinamento DST/AIDS (SP) e o CRE Metropolitano, localizado em Curitiba), farão somente os procedimentos