Assista nossos Programas

domingo, 30 de setembro de 2012

Infecções respiratórias: um mal evitável



Os problemas respiratórios são causados em grande parte pelo contato com agentes infecciosos, como vírus, bactérias e fungos, mas podem também ser desencadeados por fatores como poluição, poeira, tabagismo, odores e até mesmo pelo contato com animais.
Em muitos casos, nem mesmo dentro de casa estamos à salvo. Isso porque, o ambiente doméstico esconde uma série de armadilhas para a saúde respiratória, especialmente no caso de portadores de doenças crônicas como asma ou rinite, alerta a dra. Marina Buarque de Almeida, médica do Instituto da Criança HC-FMUSP e membro da Sociedade Paulista e Pneumologia e Tisiologia (SPPT).
“Em casa é muito importante manter a higiene adequada, evitando produtos com odores fortes, desodorizadores de ambientes - incluindo incensos - e produtos derivados do tabaco, como charuto, cachimbo, cigarro e cigarrilhas. Pomadas a base de mentol, cânfora e óleo de eucalipto, comumente utilizadas para ‘aliviar’ problemas respiratórios, também devem ser descartadas, pois estas substâncias são irritativas das vias aéreas e acabam agravando os sintomas.”
Manter os ambientes sempre ventilados, evitar o acúmulo de umidade e mofo e estar atento a manutenção e a higienização de aparelhos que promovam a circulação do ar, também são dicas da dra. Marina.
Espirro e Cia
A alergia é uma resposta do sistema imunológico a uma substância ou corpo estranha ao organismo, chamada de alégeno. Na maioria das vezes, os bebês e crianças pequenas não tem alergia, mas diante de uma predisposição e com a exposição aos alérgenos, eles poderão tornar-se alérgicos no decorrer da vida.
“Além de passarem mais tempo no ambiente domiciliar, expostos aos agentes desencadeadores, crianças e idosos estão mais suscetíveis a infecções mais graves como as pneumonias”. 
As dicas da especialista para evitar o problema e combater os incômodos são simples:
“No caso das crianças, é importante evitar a exposição a alérgenos inalantes, como ácaros, pelo de animais ou fragmentos de insetos. E especialmente no caso de pacientes alérgicos, é importante o uso de capas anti-alérgicas em colchão e travesseiros, assim como evitar o uso de produtos de limpeza que deixem odor/perfume na casa e nas roupas de cama e banho”.
Infelizmente, nem sempre estas medidas são suficientes para afastar os problemas respiratórios. Segundo a dra. Marina Buarque, consultas preventivas com um médico pneumologista e seguir à risca as orientações médicas durante as crises alérgicas é fundamental para evitar complicações.
Quarto seguro
Por ser um local onde passamos grande parte das nossas vidas, é preciso ter zelo e atenção especial em relação ao quarto. De acordo com a dra. Marina Buarque, é preciso prezar por um ambiente limpo, sem acúmulo de poeira, pó e com o menor número de coisas possível.
“Devemos manter os armários fechados, evitar livros, estantes, bichos de pelúcia, enfeites e quaisquer objetos que acumulem pó. As superfícies dos móveis devem ter poucas coisas e estar sempre limpas. Outra coisa importante é que, caso a família tenha animais de estimação, o acesso a esse ambiente seja proibido”.
Segundo a dra. Marina Buarque, os cuidados não param por aí. Na hora da limpeza, deve ser feita com pano, água e sabão neutro.
“O quarto das crianças deve ser sempre limpo e bem ventilado. Evitar que pessoas resfriadas ou doentes durmam no mesmo ambiente que crianças pequenas, também pode evitar que elas contraiam a infecção.”
Do lado de fora
Não só os cuidados com higiene e com os ambientes internos da casa são importantes, há outras recomendações que também podem combater os problemas respiratórios:
1.       Evitar fumar perto de janelas ou locais comuns a crianças;
2.       Não permanecer em ambientes recém pintados;
3.       Estar atento às orientações do fabricante sobre higienização dos aparelhos de ar-condicionado;
4.       Lavar as mãos antes de entrar em contato com crianças pequenas, ou com objetos que pertençam a elas.
5.       Na presença de sintomas respiratórios consultar-se regularmente com um pneumologista.

*
*
*
Publicidade:

SEMANA DO CORAÇÃO: DISTÚRBIOS DO SONO PODEM SINALIZAR DOENÇAS CARDÍACAS



Mudanças comportamentais simples podem auxiliar a diminuir riscos de doenças

Mais do que incomodar, o ronco e a apneia obstrutiva do sono, que ocorre quando  a pessoa tem várias paradas respiratórias enquanto dorme, podem ser sinais de alerta para doenças como a hipertensão arterial e a insuficiência cardíaca.  

“Poucos conhecem os riscos da apneia obstrutiva do sono, que pode desencadear arritmias cardíacas, infarto do miocárdio e acidentes vasculares cerebrais (AVC) durante o sono”, afirma Renata Federighi, consultora do sono da Duoflex.  Os riscos acontecem porque a apneia leva a uma diminuição rápida na oxigenação sanguínea. Quando o organismo percebe essa parada respiratória, envia um sinal de despertar para o cérebro e o indivíduo acorda a tempo de desobstruir a garganta, caso contrário teria uma morte por asfixia.

Um dos sintomas mais frequentes da apneia obstrutiva é o histórico de ronco alto. As pessoas roncam quando suas vias respiratórias ficam menores. As causas desse estreitamento podem ser várias, como a obesidade, o envelhecimento, a flacidez dos tecidos da garganta, problemas craniofaciais como desvio de septo (estrutura que separa as duas narinas), o tamanho e o formato da língua e a posição da mandíbula.  

Entre os que sofrem com a apneia obstrutiva, há casos graves em que a parada respiratória pode se repetir até 1000 vezes a cada noite.  “O sono fica fragmentado e encontra dificuldades para entrar no estágio profundo, quando ocorre de fato o desligamento do cérebro e o sono renovador. Com isso, o indivíduo não descansa, podendo ter fadiga durante o dia, sonolência, dificuldade de memória, entre outros problemas que podem surgir ao longo da vida, como as doenças cardiovasculares, diabetes tipo 2, hipertensão, obesidade e colesterol alto”, afirma a consultora.

Renata explica que o tratamento correto depende da causa e da gravidade da doença. Segundo ela, o ronco e a apneia podem ter origem fisiológica (menor espaço para passagem de ar na boca e garganta), ser causados por maus hábitos; como o consumo excessivo de álcool e o fumo (que causa um relaxamento/flacidez desta região) ou até mesmo pela má postura ao dormir.

Para os casos mais simples, pequenas mudanças comportamentais podem ajudar a alterar esse quadro, como a perda de peso, a eliminação do consumo de álcool e tranquilizantes, a redução ou a suspensão completa do fumo, além da correção da postura durante sono.  Essa última medida deve ser obtida aliada ao uso do travesseiro em altura e suporte apropriados para o seu tipo físico.

quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Nova modalidade do PAA permite abastecer presídios e restaurantes universitários


Resolução autoriza que estados, municípios e outros órgãos do governo federal façam aquisição direta de produtos da agricultura familiar, nos mesmos moldes do programa executado atualmente por MDS, MDA e Conab 
Brasília, 27 – Os agricultores familiares vão poder ampliar o mercado de comercialização de seus produtos. Cada família poderá vender até R$ 8 mil para estados, municípios e outros órgãos do governo federal, além do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) e Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Isso será possível com a modalidade Compras Institucionais do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), prevista no Decreto nº 7.775/2012, que entrou em vigor nessa quinta-feira (27), com a publicação da Resolução 50/2012 no Diário Oficial da União. 
As compras institucionais serão permitidas para quem fornece refeições regularmente, como presídios, restaurantes universitários, hospitais e quartéis, entre outras instituições federais, estaduais e municipais. A aquisição dos produtos poderá ser feita por meio de chamadas específicas para tal modalidade, com dispensa de licitação, nos moldes do PAA, sem necessidade de qualquer formalidade de adesão ou convênio com o governo federal. A resolução é do Grupo Gestor do PAA, coordenado pelo MDS em parceria com o MDA. 
Mais renda – A secretária nacional de Segurança Alimentar e Nutricional do MDS, Maya Takagi, diz que o benefício da medida é a ampliação de mercado para os agricultores. “Além dos recursos que o MDS e o MDA investem no PAA (R$ 1,3 bilhão para este ano), que representam o início desse processo de compra institucional, seguido pela aplicação de pelo menos 30% dos recursos da alimentação escolar na agricultura familiar, agora uma terceira fonte de receita se soma a esse conjunto de iniciativas, para programas de alimentação de estados e municípios, geridos com recursos próprios”, explica a secretária. Segundo Maya, o outro benefício é propiciar que a população tenha acesso a uma alimentação mais diversificada e de origem local. 
A renda dos produtores poderá aumentar em até R$ 8 mil por ano, mesmo que eles já comercializem em outras modalidades do PAA. Assim, se um agricultor comercializa hoje R$ 4 mil anuais na modalidade PAA Leite (valor máximo para essa modalidade), ele poderá vender mais R$ 8 mil para a prefeitura, por exemplo. Além desses, os limites anuais no PAA são: R$ 4,5 mil/ano na modalidade Compra com Doação Simultânea; e R$ 8 mil/ano na modalidade Compra Direta; R$ 8 mil/ano na modalidade Apoio à Formação de Estoques. Para entender mais sobre o PAA, acesse aqui. 
Mercado – Para a diretora do Departamento de Apoio à Aquisição e à Comercialização da Produção Familiar do MDS, Denise Reif Kroeff, o crescimento do mercado vai se refletir também na economia local. “As prefeituras dos pequenos municípios, que são eminentemente rurais, vão poder comprar dos agricultores da sua própria cidade e isso vai fazer a moeda circular dentro do município.” Além de valorizar hábitos regionais de alimentação, os produtos serão mais saudáveis e diversificados, por virem da agricultura familiar, de povos e comunidades tradicionais, quilombolas ou indígenas, destaca a diretora. 
O diretor de Geração de Renda do MDA, Arnoldo de Campos, lembra que municípios e estados, com recursos próprios para aquisição de alimentos, poderão comprar da agricultura familiar até mesmo o cafezinho do dia a dia. “São recursos novos, dos entes federados, dos órgãos que ainda não os usavam para comprar da agricultura familiar e recorriam apenas às regras da Lei 8.666 (que rege licitações e contratos).” 
Quem vende – Os fornecedores dos produtos serão agricultores familiares, assentados da reforma agrária, silvicultores, aquicultores, extrativistas, pescadores artesanais, comunidades indígenas, remanescentes de quilombos rurais e demais povos e comunidades tradicionais. Também poderão participar da modalidade as organizações fornecedoras como cooperativas e outras organizações formalmente constituídas. 
Para as compras institucionais, os entes federados precisarão atender algumas exigências: os preços deverão ser compatíveis com o mercado local ou regional (conforme estabelece a resolução); respeitar o valor máximo anual para aquisição dos alimentos, que é de R$ 8 mil por unidade familiar; e os alimentos adquiridos deverão ser de produção própria dos fornecedores e cumprir os requisitos de controle de qualidade dispostos nas normas vigentes.

DIA MUNDIAL DO CORAÇÃO: CUIDE DO SEU E DO DAS PESSOAS QUE VOCÊ AMA



São Paulo, setembro de 2012 - O Dia Mundial do Coração é comemorado no próximo domingo, dia 30 de setembro. A campanha deste ano, promovida pela Federação Mundial do Coração em parceria com a Organização Mundial da Saúde, tomou como lema "Um Mundo, Uma Casa, Um Coração".

É importante destacar que essa campanha vem para enfatizar a importância dos cuidados para toda a família. As doenças e os ataques cardíacos atingem todas as idades, ao contrário do senso comum homens e mulheres são afetados, portanto medidas e atitudes devem ser tomadas para mudar esse quadro e diminuir os riscos.

Segundo Dr. Ayrton Bertini, cirurgião cardíaco do Hospital San Paolo- centro hospitalar de média complexidade localizado na zona norte de São Paulo, a morte devido a doenças cardíacas para pessoas na faixa entre 44 e 65 anos, ainda é maior nos homens 39%, do que em mulheres. Entretanto, depois dos 65 anos, a taxa de mortalidade em mulheres ultrapassa a dos homens em 22%. “Este aumento está relacionado à entrada da mulher na menopausa, caracterizado pela diminuição na produção hormonal, demonstrando o efeito cardioprotetor do estrogênio”, explica o médico.

Os sintomas das doenças cardíacas estão relacionados aos fatores de risco cardiovasculares que são: hipertensão arterial, diabetes, aumento nos níveis de colesterol, tabagismo, sedentarismo e antecedentes familiares. “Na grande maioria dos casos (90%) o paciente apresenta dor no peito de forte intensidade e esse aperto pode irradiar para o ombro ou mandíbula, geralmente desencadeado por esforço físico,” completa o doutor. Outros sintomas menos comuns são a falta de ar e palpitação. Vale ressaltar que qualquer dor ou sintoma deve ser avaliado pelo médico e associado a exames.

O que deve ser feito
A prevenção é essencial, assim como ter um acompanhamento médico periódico para controle da pressão arterial, dos níveis de glicose e colesterol. Além disso, a pessoa deve fazer sua parte nesta prevenção, abandonando o hábito de fumar, e o mais importante, praticar exercícios aeróbicos e ter uma alimentação saudável, sem frituras e gorduras. “O exercício físico mostrou ser de vital importância, eliminando o sedentarismo e obesidade que também são parte de toda esta rede de riscos cardiovasculares”, explica o Dr. Ayrton.

As pessoas que já sofreram algum problema cardíaco ou possuem algumas das características de risco, a mudança no estilo de vida é obrigatória. “Isso engloba a reeducação alimentar, exercícios físicos regulares, parar de fumar, eliminar o máximo possível do estresse do dia a dia, ou seja, cuidar de seu coração com hábitos saudáveis e um novo estilo de vida”, aconselha o médico.