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terça-feira, 5 de junho de 2012

Documentos e livros raros do período imperial integram acervo da UFSCar

São textos escritos e publicados há mais de 160 anos, que retratam o Império do Brasil; o acervo retrata uma época marcada pela economia cafeeira, pela escravidão e pelos primeiros tempos das ferrovias e da imigração Documentos e livros do período em que foi construída a Nação brasileira fazem parte da coleção da Unidade Especial de Informação e Memória (UEIM) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar). São textos escritos e publicados há mais de 160 anos que retratam o Império do Brasil, entre 1822 e 1889, principalmente o Segundo Reinado (1840-1889), quando o imperador D. Pedro II governou o País. O acervo retrata um período marcado pela economia cafeeira, pela escravidão e pelos primeiros tempos das ferrovias e da imigração. É possível conhecer melhor esta época, por exemplo, pelos relatórios governamentais e anais parlamentares, doados pela Biblioteca da Assembleia Legislativa de São Paulo, o mais antigo deles datado de 1852. "São documentos de importância nacional que estão à disposição de quem quer conhecer ou estudar mais esta fase tão importante da história brasileira", comenta João Roberto Martins Filho, professor do Departamento de Ciências Sociais da UFSCar e coordenador da UEIM. Também de igual importância, o livro de registros de imigrantes, datado de 1876, e a maior coleção no interior de São Paulo da Revista do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, cujo primeiro número (1853, segunda edição) foi dedicado a D. Pedro II. Além dos temas café, imigração, legislação e política e economia, a literatura também faz parte da coleção. Dentre os documentos literários do Brasil Monárquico, um dos livros mais antigos da UEIM é a primeira edição de Flores Literárias (1854), de Marianno José Cabral, jornalista e escritor nascido na Ilha dos Açores, em Portugal. A obra foi doada pelo professor de São Carlos Helvídeo Gouveia. "São documentos e livros escritos e publicados antes da fundação de São Carlos, em 1857", comenta Martins Filho. Criada em 1997, a UEIM originou-se do antigo Arquivo de História Contemporânea, que existia desde o final dos anos 1970, com o objetivo de desenvolver atividades de conservação da memória histórica e cultural regional e nacional. A Unidade, que pertence ao Centro de Educação e Ciências Humanas (CECH) da UFSCar, abriga importante coleção de documentos privados e públicos, mapas e plantas históricas, cartazes e folhetos, fotografias, obras de arte e artesanato, filmes, coleções de periódicos, além de cerca de 12 mil livros. Suas principais coleções são o Fundo Carlos Leôncio "Nhonhô" Magalhães, a Coleção Thereza Santos, o Arquivo Ana Lagoa e o acervo do Núcleo Interdisciplinar Literatura e Sociedade (NILS). A documentação e o acervo bibliográfico da UEIM referem-se principalmente aos temas: economia cafeeira paulista, urbanização da cidade de São Paulo, ferrovias paulistas, eletrificação do Estado de São Paulo, história afro-brasileira, período militar brasileiro e literatura brasileira contemporânea. Com a ajuda do Programa de Apoio a Arquivos e Bibliotecas da América Latina da Universidade de Harvard, patrocinado pela Andrew W. Mellow Foundation, a UEIM abrigou em condições técnicas adequadas o Fundo "Nhonhô". Além disso, restaurou e disponibilizou na Internet parte de sua coleção de mapas e plantas históricas. Os documentos do Período Imperial e outros documentos do acervo estão disponíveis para pesquisa na sede da UEIM, no Centro de Educação e Ciências Humanas (CECH), localizado na área Sul do campus São Carlos da UFSCar. Mais informações podem ser obtidas pelo telefone (16) 3351-9609, com os servidores Alessandra Aparecida Veronese ou Antonio Carlos Ciarlo.