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sábado, 3 de julho de 2010

Internação por queimadura é grave

Em 2009, 2.732 pessoas foram internadas com queimaduras em hospitais da rede pública no Estado de São Paulo

Quase metade dos 2.732 pacientes que passaram por uma unidade de saúde pública no Estado em 2009 com queimaduras tinha estado grave ou de urgência, segundo aponta levantamento feito pela Secretaria de Estado da Saúde. Foram 218 pessoas atendidas com urgência com quadro de grande ou média queimadura e 1.013 que passaram por tratamento para grande queimadura.

Só na Grande São Paulo, as unidades atenderam 963 pacientes queimados, dos quais 327 casos foram considerados graves. Além da Capital, as regiões de Piracicaba (128), São José do Rio Preto (229) e Vale do Paraíba (214) concentram os tratamentos mais graves por terem unidades de referência para queimaduras.

São considerados casos de grandes queimaduras aquelas que ocupam mais de 40% do corpo ou atingem locais considerados vitais, como rosto, cabeça ou tronco. Em geral, demandam internação e cuidados intensivos.

O número total de casos em 2009 é menor do que no ano anterior, quando o Estado atendeu 201 pessoas a mais pelo SUS (Sistema Único de Saúde). Naquele ano, foram 293 casos de urgência com quadro de grande ou média queimadura e 1.058 casos de tratamento por grande queimadura.

Os principais agentes causadores dos acidentes são os líquidos inflamáveis, como álcool, gasolina ou querosene, e os escaldamentos com líquidos ferventes, como óleo e água. Nesta época do ano, no entanto, os fogos de artifício também assumem o papel de “vilões” faz queimadiras.

“O álcool é o grande vilão mas sazonalmente nesta época de festas juninas e Copa do Mundo, o fogo de artifício vira um agente potencial. Pelas características, ele pode tanto queimar, pois gera fogo, como mutilar com as explosões que causa”, afirma o médico José Antônio Cezaretti, supervisor de cirurgia plástica e queimados do Hospital Estadual de Vila Penteado, uma das referências para queimados na capital.

INVERNO: MUNDO VERDE ALERTA SOBRE OS PERIGOS NA ALIMENTAÇÃO

No inverno, com as baixas temperaturas, é comum as pessoas sentirem mais fome e não prestarem atenção ao valor calórico e nutricional do que se alimentam, fazendo com que falte motivação para a prática de exercícios físicos, o que é um convite à gula e ao sedentarismo.

Preocupada com a qualidade de vida e o bem-estar da sociedade, a MUNDO VERDE esclarece e orienta as pessoas sobre a necessidade de cuidados redobrados nesta época do ano, para que o inverno não seja sinônimo de aumento de peso.

Para a nutricionista Thaís Souza, da Rede Mundo Verde, é importante ficar atento às escolhas dos alimentos. É necessário consumir regularmente vitaminas, minerais e fitoquímicos, que ajudam a estimular o sistema imunológico e a prevenir gripes, resfriados e infecções comuns no inverno. De acordo com a especialista, os exageros na alimentação não são bem-vindos, podem resultar no ganho de peso, fazendo com que as pessoas comecem a usar algum tipo de medicamento para controlá-lo, o que, consequentemente, gera prejuízos à saúde.

Segundo a nutricionista, há dicas básicas para quem não pretende brigar com a balança e quer aproveitar a estação com mais saúde. “É importante beber bastante líquido, mesmo suando menos, beber água de coco ou sucos de frutas orgânicas. Outra dica é consumir chás quentes nas noites mais frias da estação, o que ajuda a manter a forma. Os chás de ervas, além de trazer benefícios à saúde, não contêm calorias, ao contrário do chocolate quente e do capuccino, por exemplo. Outra dica importante é evitar o consumo excessivo de bebidas alcoólicas. No inverno é comum as pessoas consumirem uma quantidade maior de vinho e conhaque para se manterem aquecidas, porém, 1g de álcool tem 7Kcal, e seu consumo em doses elevadas favorece o aumento de peso e a desidratação. “Ao escolher um bebida alcoólica, opte por uma sangria, que pode ser diluída, contém poucas calorias e menos álcool, além de ser mais nutritiva”, afirma Thaís.

Para aquecer a noite, uma boa sugestão é um mingau de quinua ou amaranto com bebida vegetal de arroz e agave, uma ótima fonte de vitaminas, minerais e fibras que ajudam a saciar a fome. Confira abaixo a receita dessa sugestão, elaborada pelo departamento de nutrição da Mundo Verde, e outras dicas interessantes.

Dicas

 Ficar atento às escolhas dos alimentos
 Consumir alimentos ricos em vitaminas e sais minerais
 Beber bastante líquido, na forma de água, suco ou chás
 Evitar o consumo de bebidas alcoólicas
 Consumir Sopas saudáveis, sem acrescentar carnes gordurosas, por exemplo e quentinhas
 Chás
 Ao consumir doces, opte por barrinhas de cereais, granola, chocolate amargo, “chocolate” de alfarroba e frutas secas


RECEITAS

Mingau de quinua com cacau

Ingredientes:
1 xícara (chá) de leite de arroz
4 colheres (sopa) de quinua em flocos
1 colher (sobremesa) de cacau em pó
Agave a gosto

Modo de preparo:
Aquecer o leite de arroz em fogo baixo. Acrescentar a quinua e o cacau e mexer em fogo baixo por aproximadamente 5 minutos. Adicionar agave a gosto.
Rendimento: 1 porção
Valor calórico por porção: 160 calorias
Fonte: Natalia Lautherbach - Nutricionista da Rede Mundo Verde

Sangria com cranberry

Ingredientes:

- 1 garrafa (750ml) de vinho tinto orgânico
- 2 copos (400ml) de suco de cranberry
- 1 laranja sem casca e sementes cortada em pedaços, de preferência orgânica
- 1 maçã vermelha cortada em pedaços, de preferência orgânica
- 1 maçã verde cortada em pedaços, de preferência orgânica
- 2 xícaras (chá) de água mineral com gás
- 1 xícara (chá) de abacaxi picado, de preferência orgânico
- açúcar demerara orgânico a gosto
- canela em pau a gosto

Modo de Preparo:

Em uma jarra grande misturar as frutas, juntar o vinho, o suco de cranberry, a água com gás e a canela. Misturar bem e adoçar a gosto.
Rendimento: 08 porções
Valor calórico: 130 calorias por porção

Com imagem positiva, indústria médica nacional conquista novos mercados

A qualidade e o desenvolvimento tecnológico dos produtos brasileiros foram destacados por compradores internacionais em pesquisa de percepção promovida pela ABIMO.
Com produtos de qualidade e alto grau de inovação, a indústria médico-hospitalar e odontológica brasileira tem se projetado de forma positiva no mercado internacional. A conclusão é de um estudo de percepção promovido pela Associação Brasileira da Indústria de Artigos e Equipamentos Médicos, Odontológicos, Hospitalares e de Laboratórios (ABIMO), que reuniu opiniões de 21 compradores de 13 países sobre a imagem do Brasil como fabricante de equipamentos para o setor. A pesquisa, aplicada durante a 9ª Rodada Internacional de Negócios, realizada no final do mês de maio, em São Paulo (SP), reuniu opiniões de empresas de mercados diversificados, a maioria não presente na lista de maiores destinos das exportações nacionais, como Argélia, Bolívia, Costa Rica, Israel, Malásia e Uganda.
Das companhias abordadas, menos da metade dos entrevistados realizam negócios com o país com frequência (33%), seguidas por companhias que raramente compram produtos nacionais (29%). Mesmo com uma grande parcela de empresas novatas no país, a maioria (54%) classificou a atuação da indústria nacional como boa. Para o diretor-executivo da ABIMO, Hely Maestrello, a imagem do complexo industrial da saúde brasileiro tem sido aperfeiçoada em todo o exterior. "As ações de fomento às exportações, como as rodadas de negócios e as missões internacionais, se consolidaram como ferramentas essenciais na divulgação da marca nacional. Além de aproximar empresas e possibilitar contatos os encontros permitem que compradores internacionais confiram o potencial de inovação das marcas brasileiras", conclui o diretor.
Além da qualidade e da inovação, as empresas brasileiras se destacam na área de relacionamento com o cliente. Com eficiência no atendimento e assistência técnica, o país faz jus à fama de receptivo e conquista diferentes mercados. "Além do preço competitivo, as fabricante brasileiras estão ganhando mais experiência para negociar com os players internacionais", ressalta Maestrello.
Exportações
Embalada pela retomada dos investimentos, a indústria médico-hospitalar e odontológica brasileira espera exportar US$ 650 milhões em 2010, superando em 17% o saldo do ano passado. Lição reforçada com a última crise financeira mundial, a estratégia do setor para alcançar a meta é a diversificação dos mercados.
Durante a 9ª Rodada Internacional de Negócios, realizada entre 26 e 28 de maio, 46 fabricantes brasileiras fecharam US$ 350 mil em negócios e prospectaram US$ 14,6 milhões para os próximos 12 meses, superando em 10% o volume de prospecções efetuadas no ano passado. Ao todo, foram realizados 615 encontros de negócios com compradores da Argélia, Bolívia, Costa Rica, Egito, Israel, Malásia, México, Nigéria, Panamá, Paraguai, Portugal, Sudão, Tailândia e Uganda.

Pessoas hipermóveis têm mais chance de desenvolver a fibromialgia, diz especialista

A hipermobilidade articular é um problema que atinge 30% da população e pode ser uma das causas da fibromialgia, uma síndrome dolorosa não-inflamatória, caracterizada por dores musculares, fadiga, cansaço e dor em pontos dolorosos específicos no corpo. A fisioterapeuta Neuseli Marino Lamari, professora da Faculdade de Medicina de Rio Preto (Famerp) e autora de artigos sobre a hipermobilidade, explica que a hipermobilidade também pode causar tendinites e bursites, lesões de ligamentos, desvios na coluna vertebral e nos joelhos e até mesmo a incontinência urinária

Muitas pessoas encostam as mãos no chão inclinando apenas o tronco, esticam os joelhos para trás e colocam o polegar no antebraço, tudo isso sem sacrifício. Aí está uma das provas da elasticidade exagerada, fora dos padrões esperados de flexibilidade. Este é um defeito genético dos tecidos moles tais como tendões e ligamentos. Os contorcionistas dos circos são um exemplo clássico dos níveis de flexibilidade articular que um portador do defeito genético pode alcançar. Os movimentos realizados chamam a atenção pela amplitude e pelo fato de serem impossíveis para uma pessoa considerada normal.

Em uma pesquisa sobre o assunto, Neuseli descobriu que grande parte das queixas de dores na coluna, no ombro, no joelho e muitas outras, entre trabalhadores de indústrias, são identificados casos de portadores de hipermobilidade. Somente na industria têxtil, foram encontrados 27,7% dos casos. “Há muitas pessoas que procuram os consultórios reclamando de dores no corpo e o diagnóstico de hipermobilidade nunca foi feito. O ideal seria que em toda rotina de exame físico se incluísse o teste para detectar o portador. Mas este teste ainda é desconhecido pela maioria dos profissionais da saúde”, afirma.

Para o diagnóstico, é realizado um procedimento físico rápido e sem custo. O mais utilizado é o Método de Beighton, um exame simples e sem a necessidade de equipamentos, que vai apontar quais os pontos de elasticidade no corpo do paciente. Caso o exame acuse frouxidão em pelo menos cinco dos nove pontos corporais analisados, o paciente pode ser considerado um portador da hipermobilidade. "A flexibilidade corporal faz com que o paciente perca o eixo do corpo. É como se o paciente perdesse o equilíbrio do corpo, sem perceber que isso acontece", diz.

A flexibilidade varia de acordo com o sexo, idade, raça entre outros e pode estar relacionada à algumas doenças como a Síndrome de Hellers Danlos e à composição corporal (com o predomínio de algumas fibras colágenas). Mas, de acordo com Neuseli, o problema é resultado da seleção natural. Alguns grupos apresentam maior incidência como as mulheres e os negros. As crianças manifestam a hipermobilidade de forma mais acentuada e a amplitude dos movimentos pode ficar menor com o passar do tempo. Entretanto, o paciente carrega o problema por toda a sua vida e a flexibilidade corporal não vai depender de fatores como treinamentos e temperatura do ambiente e do corpo.

A hipermobilidade não tem cura. O paciente, portanto, deve tomar alguns cuidados para evitar complicações como não realizar tarefas com repetitividade, reeducar-se quanto à sua postura, evitar esportes de impacto e realizar exercícios especiais. As mulheres devem realizar, além das atividades tradicionais, exercícios para o fortalecimento da musculatura que sustenta a bexiga e o intestino.

Não há um consenso para quais os níveis ideais de flexibilidade para a saúde de um indivíduo. “O que podemos afirmar é que movimentos como tocar as mãos nos pés ao fletir o corpo para a frente não é uma tarefa considerada normal. O esperado é que não se consiga”, finaliza.

Tratamento

O tratamento para a hipermobilidade corporal é rápido e fácil. Porém, deve ser iniciado na infância, antes do surgimento dos problemas. Neuseli explica que o diagnóstico precoce é uma das chaves para a solução. A fisioterapia auxilia o paciente na reeducação postural. "Nas primeiras sessões o paciente sai da clínica como se estivesse andando de joelhos. Mas, depois, com a continuação do trabalho, ele vai perceber o alinhamento correto", diz.


Neuseli Marino Lamari

Fisioterapeuta, doutora em Ciências da Saúde pela Famerp, fundadora do Serviço de Fisioterapia do Hospital de Base de Rio Preto, coordeandora da pós-graduação Lacto Senso, professora e orientadora da pós-graduação Stricto Senso da Famerp; Possui publicações científicas na área de hipermobilidade, coluna vertebral e membros superiores.