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segunda-feira, 10 de maio de 2010

Casos de bronquiolite aumentam no outono e no inverno

Bebês com menos de um ano são as principais vítimas da doença, que se não for tratada pode levar à morte

Com sintomas parecidos com o de um resfriado, como dificuldades para respirar, chiado no peito, respiração ofegante, tosse seca, secreção nasal e febre, a bronquiolite é a principal causa de internação de crianças com menos de 1 ano. No Hospital Infantil Sabará, em São Paulo, o número de casos de bronquiolite dobra nos meses de outono e inverno.

Doença respiratória, causada principalmente pelo vírus VSR (vírus sincicial respiratório), consiste numa inflamação dos bronquíolos (estruturas que auxiliam na condução do ar aos alvéolos, onde ocorre a oxigenação), que passam a produzir mais muco, causando obstrução na passagem do ar e, nos casos mais intensos, alterações na oxigenação.

Apesar de acometer os adultos, a bronquiolite é mais comum em crianças de até 2 anos, sendo a fase mais crítica entre os três meses e seis meses. Segundo a pediatra e alergista Fatima Rodrigues Fernandes, do Hospital Infantil Sabará, a doença costuma ser mais grave em prematuros e lactentes com doenças pulmonares crônicas ou imunodeficiências.

“Com um aparelho respiratório não formado totalmente e um sistema imunológico imaturo, essas crianças são acometidas de maneira mais grave pela doença, por isso têm mais chance de apresentar complicações”, esclarece.

Muitos pais, alerta a médica, têm dificuldade em reconhecer que a recusa da criança para comer, vômitos e irritação estão relacionados à falta de ar relacionada à bronquiolite. Na dúvida, o ideal é procurar ajuda médica.

Além do VSR, responsável por 80% dos casos da enfermidade nos pequenos, a bronquiolite também pode ser desencadeada por outros vírus. “Em outros casos, também pode ocorrer obstrução dos brônquios e bronquíolos em conseqüência de danos provocados pela inalação de poeira e ácaros, da fumaça do cigarro e gases tóxicos, que também são causas de sibilância (chiado no peito) em crianças pequenas”, lembra.

O tratamento, na maioria dos casos, se resume ao combate dos sintomas e pode ser feito em casa. “Há alguns pacientes, no entanto, que precisam de internação, pois a falta de ar é tão intensa que pode causar insuficiência respiratória, falta de oxigênio no organismo que pode levar à morte”, explica.

Ainda não existe uma vacina para controle do mal, mas há um tratamento preventivo, indicado principalmente para prematuros e bebês com doenças crônicas. Trata-se de um anticorpo que funciona como uma vacina e, de acordo com estudos, evita a hospitalização em 70% dos casos.

Altamente contagioso, o vírus sincicial se dissemina por meio de contato com a secreção de nariz, olhos e boca de pessoas infectadas. “Além de manter a casa arejada e, evitar os ambientes aglomerados, incorporar o hábito de lavar as mãos ainda é a melhor forma de prevenção”, recomenda a pediatra.

Sobre o Hospital Infantil Sabará
Tradicionalmente conhecido por sua eficiência e bons resultados, o Hospital Infantil Sabará nasceu no início dos anos 60, quando um grupo de médicos pediatras resolveu criar um serviço diferenciado. A partir daí o complexo hospitalar se firmou como centro de referência na área, sendo o primeiro hospital a inaugurar uma UTI pediátrica em 1974. Em julho de 2010, o hospital passa a atender na Avenida Angélica, nº 1.987, no bairro de Higienópolis (SP), em um novo prédio de 17 andares que tem um conceito moderno e inovador. Acesse o novo site do hospital (www.sabara.com.br).

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